Manaus | Terça-feira
O “Monitor da Violência”, feito com dados do Fórum Brasileiro de Segurança e do Núcleo de Estudos de Violência da Universidade de São Paulo (USP), divulgado nesta terça-feira, mostra que, entre 2011 e 2017, houve aumento nos índices de crimes violentos no Amazonas, com alta de 29.8, em 2011, para 30.3, em 2017, por 100 mil habitantes. Em 2018, até junho, segundo o levantamento, o Amazonas registrou 558 casos de crimes violentos, menos da metade do total de todo o ano passado, de 1.232. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), houve queda de 10,38% nos casos em 2018 no primeiro semestre, na comparação com igual período de 2017.
Em junho deste ano, houve 128 crimes violentos no Estado, com índice mensal de 3.10 por 100 mil habitantes, o que coloca o Amazonas, mesmo com todos os problemas trazidos pelas fronteiras com países produtores de drogas ilícitas, apenas um pouco acima da média nacional, de 1.9. No mesmo mês, foram registradas 3.957 mortes violentas no Brasil. No Amazonas, em junho, foram 118 homicídios dolosos, seis latrocínios e quatro lesões corporais seguidas de morte.
Somente em Manaus, nos seis primeiros meses deste ano, o número de homicídios caiu 12,64% na comparação com igual período de 2017. A capital registrou 477 homicídios no primeiro semestre de 2018, a maioria com características de execução, contra 546 de 2017, de acordo com dados da SSP-AM.
Ao menos 26.126 pessoas foram assassinadas no primeiro semestre deste ano no Brasil, de acordo com o índice nacional de homicídios, que foi divulgado hoje no portal G1. A Monitor permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. O número de vítimas é ainda maior que esse – isso porque a estatística não comporta os dados totais de três estados (Maranhão, Paraná e Tocantins), que não divulgaram todos os números.
O número consolidado até agora contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais. Houve uma média de 4.350 casos por mês.
Combate à criminalidade – O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Anézio Paiva, explica que o combate à criminalidade tem ocorrido de forma integrada, com ações ostensivas da Polícia Militar e investigativas da Polícia Civil.
O trabalho integrado das Polícias Civil e Militar resultou na prisão de 319 acusados de homicídios só em 2018. Na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), como resultado do trabalho de uma força tarefa na unidade, houve aumento no número de inquéritos concluídos e remetidos à Justiça estadual.
No mês de julho, foi colocada em prática uma nova estratégia para combate aos crimes. Além de reforço policial nas ruas, o secretário de segurança, coronel Anézio Paiva, determinou a montagem de Ação de Investigação, pela Polícia Civil, para identificar e prender autores de homicídios registrados na cidade.
Coordenados pela Delegacia Geral da Polícia Civil, 34 equipes de delegados e investigadores vêm acompanhando os casos com o objetivo de dar maior celeridade na elucidação dos crimes. Quem tiver informações que ajudem a esclarecer os casos pode fazer denúncias anônimas por meio do telefone 181, o Disque-Denúncia da Secretaria de Segurança.