Manaus | 11.10.2018
Direção escolar é cargo de confiança, mas estabelecer critérios para nomeação e exoneração de diretores nas escolas públicas deve ser prioridade.
Se existissem tais critérios com certeza o professor Rodrigo Froes, considerado pelo prêmio Educador nota 10 o melhor diretor escolar do Brasil, além de vencedor de outros importantes prêmios nacionais e internacionais na área educacional, não seria retirado da função de diretor escolar.
É sabido que a Semed é sub dividida entre alguns vereadores ligados à educação e grande parte dos diretores deve seguir a cartilha destes através dos seus representantes “chefe de divisão” para se manter no cargo. Aqueles que não participam ou optam por outro grupo político são dispensados como ocorreu com o professor Rodrigo Froes que foi candidato a deputado estadual no grupo contrário ao prefeito de Manaus e por isso teve sua dispensa publicada no diário oficial do município no dia de ontem. O agravante é que a data que consta no documento trata-se do período de licença eleitoral. Chegou a hora de repensar a forma de escolha de diretores escolares, pois é inacreditável para nós que o melhor diretor escolar do Brasil, o único amazonense vencedor do Oscar da educação brasileira, seja mandado embora por discordar politicamente da chefe da divisão de ensino, irmã de um vereador. O professor Rodrigo Froes se despediu em um poste em suas redes sociais listando avanços obtidos como diretor escolar, inclusive o avanço no IDEB e falando de recomeço.
”Percebemos com isso que o importante não é o avanço da educação e sim de que lado da política você está. Sucesso, Professor Rodrigo Fróes e obrigado pela sua contribuição para a educação amazonense”.
Redação por Eric Lima