Manaus | 6 de Dezembro de 2018 (Quinta-feira)
Na última quarta-feira (5), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) exigiu do Brasil com urgência a investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Nove meses após o crime, ainda continua sem respostas.
O caso aconteceu na noite do dia 14 de março passado, no Rio de Janeiro, Marielle e Anderson foram assassinados à tiros, ela levou quatro tiros na cabeça enquanto ele foi atingido por três tiros nas costas. As investigações deram inicio para descobrir os autores do crime e o principal motivo do ato.
As principais suspeitas para a motivação do crime seriam que Marielle era militante do movimento negro e dos direitos humanos, além disso, ela era relatora de uma comissão de fiscalização das operações policiais durante a intervenção militar no estado e na época havia apresentado denúncias sobre a violência policial nas favelas do Rio.
A CIDH é uma comissão independente e é vinculada à estrutura da Organização dos Estados Unidos (OEA).
A relatora da CIDH para o Brasil, a comissária Antonia Urrejola Noguera solicitou ao governo brasileiro, a adoção de ações para impedir que novos casos de violência aconteçam, principalmente em áreas rurais e comunidades negras ou indígenas.
Durante a audiência sobre a situação dos direitos humanos no Brasil, a comissária, referiu-se ao assassinato de Marielle Franco como “É um caso representativo e emblemático para a CIDH”.
Em visita ao país no mês de novembro, a presidente da CIDH, Margarette May Macaulay, afirmou estar preocupada com o “discurso de ódio” do então presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Ela classificou as propostas de Bolsonaro para combater a violência no Brasil, como “atrocidades”.
Também na quarta-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, exigiu respostas sobre o caso de Marielle Franco, cobrando esclarecimentos sobre o assassinato.
Foto: Reprodução.
Fonte: Com informações da EFE.
Redação por Ana Flávia Oliveira.