Manaus| 11 de Dezembro de 2018 (Terça-Feira)
A Rússia enviou dois bombardeios Tu-160 ,que tem capacidade de transportar armas nucleares, um avião de transporte An-124 e um avião de passageiros Il-62 para participar de manobras militares na Venezuela. Algumas chegaram a ser utilizadas em operações na Síria.
O ministro da Defesa do país sul-americano, Vladimir Padrino, afirmou que as manobras vão ajudar a proteger o país de um eventual ataque, “Estamos nos preparando para defender a Venezuela até o último palmo de terra quando for necessário, e faremos isso com nossos amigos, porque temos amigos no mundo”, disse.
O ministro ainda afirmou que “ninguém no mundo” deve temer pela presença das aeronaves em Caracas, alegando que a Venezuela e a Rússia são “construtores da paz, e não da guerra”.
O anúncio de manobras ocorreu uma semana depois do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, visitar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no qual, os dois fecharam acordos de investimentos e contratos para a reparação e manutenção de armas.
Depois do anúncio do envio das aeronaves russas, o coronel Robert Manning, porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, criticou com veemência a medida e citou o envio de navio-hospital à região como exemplo do compromisso de Washington com a região.
“O enfoque dos EUA sobre a região difere do enfoque da Rússia. No meio da tragédia, a Rússia envia bombardeiros à Venezuela e nós mandamos um navio-hospital”, declarou Manning durante uma entrevista coletiva realizada no Pentágono.
Manning pediu ao governo do presidente Maduro para “concentrar-se em oferecer ajuda humanitária para aliviar o sofrimento da sua gente”, ao invés de aceitar ajuda militar do Kremlin.
“O mais importante aqui é que nós estamos do lado do povo da Venezuela durante um momento de necessidade e isso é o que o USNS Comfort simboliza”, destacou.
De acordo com os dados divulgados hoje pela Defesa dos EUA, desde que iniciou sua missão, há oito semanas, a equipe médica do navio-hospital ofereceu tratamento médico a mais de 20 mil civis e executou 600 operações.
A tripulação do Comfort inclui mais de 200 médicos, enfermeiras e técnicos militares americanos, assim como 60 voluntários profissionais médicos e dentistas de ONGs.
O USNS Comfort, atualmente em Honduras, conta com mais de mil camas, uma dúzia de salas de cirurgia, serviços radiológicos digitais, um laboratório, farmácia e um banco de sangue com 5.000 unidades, assim como com um heliporto habilitado para aeronaves de grande tamanho.
Foto: Divulgação
Redação Portal Pontual