Manaus |12 de Dezembro de 2018 (Quarta-feira)
Nesta quarta-feira (12), durante o fórum de governadores na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, Wilson Lima falou sobre investir nos sistemas de monitoramento e inteligência da região de fronteira do Amazonas com o Peru, Venezuela e a Colômbia para combater o tráfico de drogas e outros crimes, assim como melhorar o sistema prisional do Estado.
Essa foi a segunda reunião após as eleições de outubro, e neste caso, participaram vinte e três governadores e dois vices eleitos, entre eles, o vice-presidente eleito da República, o General Humberto Mourão, o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro,o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o futuro secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theóphilo, além do presidente do OAB, Carlos Lamachia.
Wilson Lima pediu a permanência do efetivo de 65 homens da Força Nacional de Segurança no Amazonas em 2019. Eles foram enviados logo após o massacre de cinquenta e quatro detentos dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em janeiro do ano passado.
O futuro secretário de Segurança Pública do Amazonas, Cel. Louismar Bonates, que acompanhou o governador eleito,ressaltou o pedido em caráter de urgência, “Nós vimos a necessidade, já que o atual governo ainda não oficializou junto ao governo federal o pedido de permanência dos homens da força nacional. E fizemos o pedido pessoalmente. O efetivo é fundamental para manutenção da ordem, principalmente no entorno dos presídios”, afirmou.
O futuro secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theóphilo, garantiu a continuidade da tropa no Estado, que atualmente, presta serviços no entorno dos presídios e na região de fronteira.
Wilson ainda defendeu mais investimentos nas ações de combate ao tráfico de drogas e contrabando de armas e outros crimes, pois na região de fronteira existe pouca estrutura e pessoal, destacando que é necessário instalar novas bases de segurança, implementar serviços de inteligência ao longo da fronteira e aumentar o efetivo. A Base Anzol da Polícia Federal, única na região, está desaparelhada e com defasagem de servidores.
“É preciso retomar o controle das fronteiras. Há um esforço muito grande das nossas polícias civil e militar para combater o tráfico de drogas, mas as distâncias são grandes e não há pessoal suficiente”, disse ele.
Um assunto muito importante foi conversado entre os governadores, a situação penitenciária atual do país, é uma grande preocupação entre os mesmos, “É preciso fazer mais do que ampliar vagas. Tem que se investir em tecnologia, reativar os bloqueadores de celulares, integrar o sistema de cadastro de presos, além de aplicar recursos em projetos de ressocialização”, pontuou Wilson.
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, propôs uma integração e organização de todos os estados e disse que já há um projeto para combater o crime organizado e melhorar a segurança pública e o sistema penitenciário.
Os governadores pretendem manter uma agenda mensal de reuniões a partir do ano que vem para tratar de temas comuns. O primeiro encontro, há cerca de um mês, teve a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Fotos: Divulgação.
Redação por Portal Pontual.