Manaus | 04 de Janeiro de 2019 (Sexta-feira)
Em entrevista ao canal de assinatura GloboNews, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que não se arrependeu de ter dito a frase sobre cores assim que assumiu o cargo.
O vídeo polêmico, no qual viralizou nas redes sociais, mostra a ministra comemorando juntamente com um grupo de apoiadores, a “nova era do Brasil: meninos vestem azul e meninas vestem rosa!”, em seguida aplaudida. Além disso a advogada e pastora evangélica destaca que “menina será princesa e menino será príncipe”.
Durante a entrevista, ele se justificou alegando ser uma metáfora, contra o que ela denomina de “ideologia de gênero”, “Foi uma metáfora. Nós temos no Brasil o ‘Outubro Rosa’, que diz respeito ao câncer de mama com mulheres, temos o ‘Novembro Azul’, que é com relação ao câncer de próstata com o homem. Então quando eu disse que menina veste cor de rosa e menino veste azul, é que nós vamos estar respeitando a identidade biológica das crianças”, explicou.
Ao ser questionada sobre as denominações de família que as considera válida, ela afirma que a comunidade LGBT não sofrerá perda de direitos durante o seu mandato.
“Os homossexuais já podem adotar, e nós não queremos mudar isso. Nenhum direito adquirido vai ser violado pelo governo Bolsonaro, que isso fique claro. O homossexual já pode adotar uma criança. Qualquer pessoa acima dos 21 anos pode, desde que tenha 16 anos de diferença do adotante para o adotado, então isso é direito adquirido”, disse.
Sobre a medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, no qual não relaciona a comunidade LGBT como parte das políticas e diretrizes destinadas à promoção dos direitos humanos, Damares afirma que apenas “houve uma mudança de nome” e que o assunto será a partir de agora, com a Secretaria Nacional de Proteção Global.
“A MP trouxe oito secretarias, entre elas, a Secretaria de Proteção Global, e hoje foi publicado o decreto que detalha o que tem em cada secretaria. Está lá mantida a diretoria da proteção à comunidade LGBT, não foi mexida em nada. Nós tivemos uma reunião durante a transição, com a comunidade LGBT, e a diretoria destinada à comunidade LGBT vai focar no combate à violência contra a comunidade LGBTI. Então, ela está lá, inclusive com os mesmos funcionários, ela só mudou o nome”, justificou.
Foto: Reprodução.
Fonte: GloboNews.
Redação por Ana Flávia Oliveira.