Manaus| 10 de Janeiro de 2019 (Quinta-Feira)
Após divulgar um vídeo dizendo que meninos vestes azul e meninas rosa, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, foi atacada novamente nas redes sociais, devido uma fala da mesma, onde fala sobre ciência, igreja e educação.
O vídeo foi gravado em 2013, nele a ministra diz que a igreja evangélica perdeu espaço nas escolas para a ciência.
“A igreja evangélica perdeu espaço na história. Nós perdemos o espaço na ciência quando nós deixamos a teoria da evolução entrar nas escolas, quando nós não questionamos. Quando nós não fomos ocupar a ciência. A igreja evangélica deixou a ciência para lá e ‘vamos deixar a ciência sozinha, caminhando sozinha”.
A teoria que Damares cita no vídeo é a conhecida mundialmente como teoria da evolução, que estuda o desenvolvimento da vida na Terra, segundo a teoria os seres humanos e vivos se evoluem a partir de seus ancestrais, sendo assim todo ser vivo tem uma constante evolução, sofrendo mudanças de uma geração para a outra.
Após o vídeo da ministra cair na rede e ser extremamente criticado, cientistas e educadores se pronunciarão sobre as imagens.
O professor de educação da UnB, Luiz Araújo criticou a declaração da ministra, dizendo:
“Ninguém deixou de ser cristão porque as escolas ensinam ciência. É nosso dever na educação transmitir os conhecimentos que são gerados pela humanidade, que vão evoluindo”, afirmou. “É assim que a humanidade evolui. Se o Brasil quer dar um salto para o futuro, ele não pode voltar para a Idade Média”, declarou.
Como ele a diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e professora de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), Lucile Floeter Wonder, alertou sobre o risco de misturar ciência com religião.
“A ciência tem um método e ela utiliza esse método, chamado método científico, para mostrar, para validar essas teorias ou não. E existem muitas evidências a favor da teoria da evolução. E eu acho que a gente não pode misturar as coisas. A gente não pode misturar a fé com ciência”, afirmou.
Em nota, o ministério informou que a “declaração ocorreu no contexto de uma exposição teológica que não tem qualquer relação com as políticas públicas que serão fomentadas pela pasta”.
Acrescentou ainda que não há relações entre a atuação da titular desta pasta como líder religiosa e suas funções como gestora pública.
A ministra não quis gravar entrevista.
Confira o vídeo!
Vídeo: Poder360
Foto: Divulgação
Redação Portal Pontual