Manaus | 11 de Janeiro de 2019 (Sexta-feira)
Durante uma visita realizada na última quinta-feira (10) à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), o governador Wilson Lima verificou a situação crítica de fornecimento de itens básicos para a rede estadual de saúde.
O governador constatou 75% dos estoques que deveriam estar abastecidos, completados vazios, além da existência de remédios fora da data de validade, somando tudo isso, o prejuízo estimado é em R$ 2 milhões.
Wilson Lima visitou o depósito da Cema acompanhado do vice-governador e secretário de Saúde, Carlos Almeida, ambos anunciaram medidas para aquisição emergencial de medicamentos.
Para suprir as condições precárias, foi anunciado a compra emergencial de 300 mil unidade de soro, para evitar que o estado fique sem o insumo nos próximos cinco dias. A aquisição pode chegar ao montante de R$ 3 milhões pois o soro virá do centro-oeste do país.
“Não tem nenhum fornecedor no Amazonas que possa nos fornecer esse produto. Um produto que custa em média R$ 2,67 a unidade, nós vamos precisar trazer de Goiânia (GO) e vamos ter que pagar R$ 12 a unidade, porque ele vai vir de avião. Normalmente vem via terrestre ou fluvial, mas eu não posso colocar a vida das pessoas em risco”, ressaltou Wilson.
Wilson Lima informou ainda que possui apenas 25% dos medicamentos necessários no estoque da Cema para atender a rede estadual de saúde.
“Só há 25% dos medicamentos que deveriam ter. Nós só temos insulina para os próximos 15 dias e temos uma dívida de cerca de R$ 850 mil com o fornecedor. Estamos negociando para que não falte insulina também. No fim do ano, centros cirúrgicos pararam porque não havia anestésico e tivemos que fazer uma compra emergencial. Eu não tinha ideia do tamanho da covardia que se praticou, ao longo de tantos anos, contra o povo do estado do Amazonas”, lamentou.
Sobre os medicamentos encontrados já fora do prazo de validade, o vice-governador ressaltou que esses produtos vencidos só apresentam riscos à saúde da população, e exige a remoção imediata dos mesmos.
“Essa situação requer providências imediatas para a remoção desses medicamentos e para a adequada incineração. Está sendo feito um levantamento para comunicar a situação aos órgãos, inclusive de vigilância sanitária. Não podemos sujeitar ninguém aos riscos de uma possível contaminação, por conta da armazenagem inadequada de medicamentos ou insumos vencidos”, destacou.
Além dessas providências a curto prazo, o governador também enfatizou o seu compromisso de modernizar a estrutura da saúde no estado, “Estou conhecendo melhor esses órgãos, a saúde é nossa prioridade. Tudo vai ser modernizado. A gente vai ter aqui (na Cema) o controle de saída e de entrada de medicamentos. Vai ter estoque. Tem medicamentos que você pode estocar e a gente tem que fazer esse planejamento. Até porque o abastecimento de produtos pode ser decisivo, decide se alguém vive ou morre”, informou.
Segundo ele, a determinação é que tudo seja feito de forma transparente, “Assumi o compromisso de ser transparente e assim estou sendo, para que a população possa ter ideia de como é que nós estamos recebendo o estado”, finalizou.
Foto: Diego Peres/Secom.
Fonte: Com informações da Assessoria da Secom.
Redação por Ana Flávia Oliveira.