Manaus | 08 de Março de 2019 (Sexta-feira)
Uma pesquisa científica apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) pode auxiliar nas possíveis condutas de rastreamento para o melhor prognóstico das Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NICs), ou seja, na avaliação das lesões precursoras do câncer de colo de útero.
Este tipo de câncer pode ser evitado, no entanto, caso a doença já afete a paciente, o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura.
Ainda em andamento, o estudo é desenvolvido no Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), em parceria com a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto Carlos Chagas (ICC-Fiocruz-Paraná), através do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS), Chamada Pública Nº 001/2017.
Segundo a coordenadora do projeto, Priscila Ferreira de Aquino, o estudo é feito com 91 mulheres atendidas na FCecon, com idades entre 18 e 85 anos, diagnosticadas com lesões de alto grau no colo uterino.
Para o estudo foram selecionadas mulheres com diagnóstico histopatológico compatíveis com os tipos NICs II ou III. As pacientes foram entrevistadas para a avaliação dos dados epidemiológicos, além de fornecerem amostras de sangue periférico (plasma) e do tecido cervical (fragmento do colo uterino retirado através de um procedimento cirúrgico) para serem analisados.
Ainda de acordo com a coordenadora, o câncer de colo de útero pode surgir a partir dos 25 e 30 anos de idade e seu desenvolvimento é precedido por lesões pré-malignas, que de acordo com o grau de anormalidade nas células epiteliais, variam em três tipos: I, II e III. Sendo o vírus do papiloma humano (HPV) um dos principais agentes etiológicos responsável pela evolução da doença.
“A infecção persistente provocada por um ou mais dos subtipos oncogênicos de HPV pode ser uma das causas para o desenvolvimento das NICs, até mesmo a progressão da doença para o câncer”, disse.
Com base nas análises, os pesquisadores devem obter informações, como a presença de possíveis indicadores proteicos e moleculares, que poderão auxiliar na detecção precoce das lesões no colo do útero e melhor prognóstico para o tratamento das NICs, evitando uma evolução para o câncer de colo uterino.
Foto: Érico Xavier.
Fonte: Com informações do Departamento de Comunicação e Difusão do Conhecimento – DECON.
Redação por Ana Flávia Oliveira.