Manaus | 15 de Março de 2019 (Sexta-feira)
O jovem identificado como José Vitor Ramos Lemos, de 18 anos, um dos estudantes feridos pelo ataque sofrido por dois adolescentes na Escola Estadual Raul Brasil, que resultou na morte de dez pessoas, incluindo o suicídio dos autores do ocorrido, alegou não querer mais ir à instituição.
“Não dá mais para entrar lá. São muitas coisas que eu passei, foi muito traumático”, relatou o rapaz.
José Vitor foi ferido com um machado que um dos adolescentes carregava consigo para o massacre, ele afirmou que a ataque aconteceu quando o mesmo estava acompanhado de sua namorada, à caminho do refeitório do colégio, quando de repente ouviu os barulhos e gritos de outros alunos, “Eu pensava que era bombinha. Mas depois que foram várias seguidas, eu percebi que eram tiros”, disse.
Quando percebeu que na verdade se tratava de um massacre, João Vitor relatou que correu, e se perdeu da namorada, foi então que fugiu para o único local possível naquele momento, a porta de entrada do colégio, “Fui até a única saída que estava aberta e encontrei o outro com o machado na mão. Foi quando tentei passar da porta e ele acertou o machado em mim”, relatou.
O rapaz afirmou que só agora tudo está fazendo sentido, mesmo sendo um dia após o ocorrido, “Agora está começando a cair minha ficha. Mais um centímetro para baixo pegava no meu pulmão e era capaz de morrer” disse. Confira as imagens:
João Vitor passou por uma cirurgia no mesmo dia em que chegou ao hospital, de acordo com ele, os médicos ainda não deram a previsão de sua alta, mas garantiram que seu quadro é estável.
Foto: Reprodução.
Redação por Ana Flávia Oliveira.