Manaus | 16 de Maio de 2019 (Quinta-feira)
Após a quebra de sigilo fiscal concedido pelo juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana Nicolau, o Ministério Público do Rio de Janeiro, revelou que o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) teria feito lavagem de dinheiro através de compra e venda de imóveis.
As informações foram divulgadas pela revista Veja, e mostram que entre os anos 2010 e 2017, o lucro de transações imobiliárias chegou a R$ 3.089 milhões, segundo promotores.
Ao todo, o valor investido por Flávio foi de R$ 9.425 milhões em 19 imóveis, ainda nessas transações, há “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas” e possivelmente teria ocorrido para “simular ganhos de capital fictícios” e encobrir “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
De acordo com o documento fornecido, uma valorização excessiva de imóveis adquiridos pelo filho do presidente foi citado. O senador teria vendido, em fevereiro de 2014, um apartamento por R$ 550 mil, mas em 27 de novembro de 2012, o mesmo comprou o apartamento por R$ 140 mil, representando um lucro de 292%.
Outros apartamentos foram constatados com a mesma ação. Além disso, o Ministério Público questiona a afirmação do senador de realizar a venda com dinheiro em espécie.
Segundo o documento, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vê a “realização de operações imobiliárias envolvendo pessoas jurídicas cujos sócios mantenham domicílio em países com tributação favorecida” com “sérios indícios” de lavagem de dinheiro.
Em nota enviada à Veja, a assessoria do senador reenviou o documento divulgado quando houve a notícia de quebra de seu sigilo bancário. Na nota, ele afirma que não irão conseguir “atingir o governo de Jair Bolsonaro”.
Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters.
Fonte: Com informações da Veja.
Redação por Portal Pontual.