Manaus-AM, 29 de novembro de 2019, Sexta-feira.
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) publicou na manhã de hoje, sexta-feira (29), seu parecer em resposta às conclusões da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) referente as investigações sobre o “Caso Flávio”. No entanto, o parecer está causando estranheza por tratar de assuntos não questionados pela polícia no relatório final.
Segundo alguns especialistas, o documento apresentado pelo MP, que em tese deveria discorrer sobre se concorda ou não com os pedidos de prisão e indiciamento feitos pela autoridade policial, deixou de ser um parecer para ter forma de denúncia, atribuindo acusações que não foram feitas pelos investigadores da DEHS.
A principal discrepância é sobre a acusação contra Alejandro. Enquanto a DEHS o aponta como um dos acusados, apresentando como motivo a omissão dos fatos ocorridos e que não foram imediatamente relatado por ele, o MPAM impõe conduta de execução dolosa(cometeu o crime por vontade própria), mesmo sem qualquer indício apontado neste sentido pela investigação policial ou pelos laudos periciais.
O documento também aponta Elielton Magno (que foi ferido nas costas) e José Edvandro (que se escondeu no banheiro) como participantes de fraude e outros crimes conexos, e que deveriam usar tornozeleiras eletrônicas. Porém, ambos não foram indiciados pela polícia.
Já o cozinheiro Vittório, que conforme os depoimentos não viu a chegada dos encapuzados, também é acusado, mas que devido a sua doença, deverá comparecer mensalmente em juízo, como medida cautelar diversa.
Para mudar as razões apresentadas pela autoridade policial, o Ministério Público teria que apresentar sua própria denúncia, dando justificativas mais detalhadas e não de forma superficial conforme consta no parecer atual.
Redação Portal Pontual.