Manaus | 2 de dezembro de 2019 (Segunda-feira)
Na madrugada do último domingo (1º), nove pessoas morreram em um baile funk na favela Paraisópolis, zona sul de São Paulo. De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de 5 mil pessoas estavam no baile.
O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Emerson Massera, informou que os policiai usaram balas de borracha e gás lacrimogênio devido ao confronto inicial de bandidos que atiraram contra as viaturas e seguiram em direção ao baile.
“As ações só se deram porque os policiais foram atacados”, afirmou o porta-voz da PM.
Ainda segundo o porta-voz, dois indivíduos em uma moto estavam em atitude suspeita durante um ponto de patrulha que estava na região para garantir a segurança dos participantes do evento.
“Na tentativa de abordagem, esses ocupantes da moto fugiram e dispararam contra os policiais. Esse acompanhamento se deu por cerca de 300 metros, quando acabou terminando no pancadão. Os criminosos utilizaram as pessoas que estavam frequentando o baile como uma espécie de escudo humano para impedir a perseguição policial”, relatou Massera.
Além de ter se escondido no baile, ainda de acordo com a explicação do tenente-coronel, os indivíduos estavam efetuando disparos de arma de fogo contra os policiais. “Nós recolhemos no local pelo menos uma munição de calibre 380 e uma de 9mm que supomos que estavam com esses bandidos”, completou.
Mortes
“Por conta dessa correria que se deu com a chegada dos policiais, em acompanhamento aos criminosos, nove pessoas ficaram feridas gravemente e vieram a falecer. Até o momento a informação é que morreram pisoteadas, não há nenhuma com perfuração de arma de fogo ou algum outro tipo de lesão”, informou o porta-voz, tenente-coronel Emerson Massera.
Até o momento, das nove pessoas mortas, quatro foram identificadas, sendo uma delas um adolescente de 14 anos. Sendo oito homens e uma mulher, as identidades não foram reveladas.
Investigação
Agora, a Polícia Militar instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias do caso.
Em relação aos suspeitos, a PM declarou que, devido ao grande movimento, não conseguiu perseguir os suspeitos, e que, até o momento, ninguém foi preso.
Foto: Daniel Arroyo/ Ponte.
Fonte: Agência Brasil.