Uma pesquisa, apoiada pelo Governo do Amazonas através do Programa Biodiversa, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), identificou 120 espécies de microalgas em 40 pontos localizados dentro e fora da área urbana da cidade de Parintins.
Com os estudos dessas espécies, é possível avançar no uso das microalgas, organismos que vivem em meio aquático ou úmido, como ferramentas para monitorar a qualidade da água e formar um banco de dados das espécies para estudos ambientais na região.
Além disso, visa, a partir do conhecimento das espécies de algas, inferir a qualidade da água desses lugares e direcionar pontos com prioridade para conservação, preservação e restauração.
Segundo a coordenadora do projeto, doutora em biologia vegetal do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Angela Lehmkuhl, quanto mais diversidades de microalgas encontradas no ambiente, melhor será a qualidade da água presente ali.
As coletas das espécies foram realizadas durante o período de seca dos rios da bacia do Rio Amazonas que banham Parintins.
A próxima etapa da pesquisa é coletar as microalgas no período de cheia do rios, nos mesmos pontos coletados durante a seca.
Equipe e ciência
De acordo com a pesquisadora, uma das motivações para conduzir o estudo cientifíco sobre o tema é o desconhecimento de grande parte da diversidade aquática encontrada na região.
As espécies de microalgas, além de serem a base da cadeia alimentar, têm grande função nos ecossistemas aquáticos.
A pesquisa conta com biólogos, botânicos, ecólogos, engenheiros de pesca e alunos dos cursos de zootecnia e biologia, vinculados à Ufam em Parintins e Manaus, à Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.
Os estudos se iniciaram em 2021 e tem previsão de finalização em 2023.
Texto: da redação.
Fotos: Acervo do Laboratório de Ficologia da Ufam/Icsez; divulgação.
Ilustração: Neto Ribeiro/ Portal Pontual.