Um estudo realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), testou o potencial de exploração sustentável para a extração de óleos essenciais da árvore louro-inamuí (Ocotea cymbarum).
Apoiada pelo Governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a pesquisa se desenvolveu junto às comunidades ribeirinhas no Médio Solimões durante 18 meses, até o início de 2023.
A pesquisadora e doutora Darlene Gris junto com a equipe do projeto, trabalharam diretamente com as populações de louro-inamuí concentradas nas margens dos rios, principalmente do rio Jarauá.
Como parte dos resultados do estudo, os frutos da espécie foram apontados como muito vantajosos para a extração dos óleos por ser um recurso abundante e de pouco impacto na árvore, ao ser coletado.
A louro-inamuí, que já é conhecida nas comunidades locais, apresentou, também, compostos que interessam a indústria famacêutica como o linalol e o safrou, substância utilizada especialmente no tratamento de artrite reumatóide, doenças respiratórias, entre outras.
Equipe de pesquisa
Para o desenvolver da pesquisa, contou-se com o grupo de pesquisa em Ecologia Florestal do Instituto Mamirauá.
O grupo foi criado em 2009 com o objetivo de consolidar pesquisas já existentes e atender demandas do Programa de Manejo Florestal Comunitário, do Instituto Mamirauá.
De acordo com o coordenador do grupo, Leonardo Pequeno Reis, a equipe atua principalmente nas linhas de pesquisa em Dinâmica de florestas tropicais, Ecologia da Germinação, Ecologia da Restauração, Manejo de florestas tropicais e Mudanças climáticas.
O principal foco das pesquisas do grupo são as florestas de várzea na Amazônia, com foco de entender esse complexo ecossistema e fornecer informações técnico científicas para a conservação e uso dessas florestas.
Texto: da redação.
Fotos: divulgação.
Ilustração: Neto Ribeiro/ Portal Pontual.