sexta-feira, julho 4, 2025
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Fiocruz alerta sobre casos de febre maculosa

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Nos últimos dias, em São Paulo, os casos de óbitos por febre maculosa chamou atenção da população para entender melhor sobre a doença.

Com isso, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, que atua como Serviço de Referência junto ao Ministério da Saúde (MS) para Rickettsioses, preparou um material sobre a doença, com vídeo e perguntas e respostas disponível na página do YouTube.

 

Febre Maculosa

O primeiro caso da febre no território nacional ocorreu em 1929 e, ainda hoje, a desinformação sobre a doença é a maior complicação para a sua prevenção.

Essa febre é uma doença infecciosa febril aguda, que pode causar desde formas assintomáticas até casos mais graves, com alta possibilidade de óbito. No Brasil, os casos graves estão associados à infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida principalmente pelo carrapato da espécie Amblyomma sculptum, popularmente conhecido como carrapato-estrela.

Os sintomas dela são marcados por febre alta, dores de cabeça, náuseas e vômitos, e seu diagnóstico depende do conhecimento dos profissionais de saúde sobre este agravo, pois compartilha dos mesmos sintomas de outras doenças.

Um exemplo de desinformação é a questão do Estado do Rio de Janeiro que nas últimas décadas, praticamente todos os casos de óbito por febre maculosa tiveram o diagnóstico inicial de dengue.

Em entrevista para a Fiocruz, a pesquisadora  Elba Lemos do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), esclarece dúvidas e alerta para a prevenção da doença que já provocou 2.636 infecções, com 920 óbitos, em sua maioria nas regiões Sudeste e Sul.

Em 2023, o país já registrou 49 casos e 6 mortes, de acordo com dados do MS e de Secretarias Estaduais de Saúde.

 

Transmissão da doença 

A doença é transmitida pelo carrapato infectado, não havendo risco de transmissão de pessoa para pessoa.

Para que a infecção ocorra, o carrapato precisa ficar aderido à pele. Se houver lesões na pele, o contágio pode ocorrer no momento do esmagamento do inseto. Uma vez infectados, os carrapatos permanecem assim durante toda a vida.

O tratamento da doença tem como base o uso de antimicrobiano específico e de baixo custo, ministrado por via oral quando o paciente tem condições de ingerir a medicação.

Entretanto, em pacientes graves, com inchaço e vômitos, o antibiótico deve ser ministrado por via endovenosa, além do tratamento de suporte, dependendo da gravidade do caso. O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível.

 

Prevenção da doença

A melhor forma de se prevenir é evitando áreas infestadas por carrapato, principalmente durante o período de maio a outubro.

Além disso, vale ressaltar  a importância de animais como o cachorro, o cavalo e a capivara no ciclo de transmissão da doença, que, além de fonte de alimentação para os carrapatos, podem auxiliar no deslocamento de vetores infectados e estão próximos ao homem. Por isso, é preciso ficar atento à presença de carrapato nos animais e no ambiente.

Ao ser observado algum carrapato aderido à pele, é importante removê-lo com cuidado e rapidez.

Outro ponto importante: o controle de carrapatos em animais, assim como o uso de carrapaticidas devem ser realizados somente sob orientação de médicos veterinários, profissionais de saúde pública, agricul­tura e meio ambiente, considerando a concentra­ção do produto, o melhor período do ano para o seu uso, e acima de tudo, os efeitos prejudiciais e a presença de resistência.

 

Texto: da redação.

Fotos: divulgação. 

 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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