Um estudo desenvolvido com apoio do Governo do Amazonas através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está buscando fornecer melhores informações e o adequado monitoramento da qualidade de águas das bacias que circundam a cidade de Manaus.
Com isso, 55 pontos das bacias que banham a cidade de Manaus vem sendo monitorados por cientistas. A qualidade da água das bacias do Tarumã Mirim, Tarumã-Açu, São Raimundo, Educandos e Puraquequara é analisada em expedição científica na embarcação de pesquisa “Roberto dos Santos Vieira”, e nos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA).
Coordenado pelo doutor em Físico-Química, Sergio Duvoisin Junior, da UEA, o grupo de pesquisa ‘Química Aplicada à Tecnologia-GP QAT’ utiliza atualmente 138 parâmetros de qualidade, com base no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), para realização das análises em cada bacia monitorada, entre os quais pH, condutividade elétrica, temperatura, oxigênio dissolvido, nitrogênio, metais, coliformes totais e termo tolerantes.
Com isso, um alerta é feito pelos pesquisadores, na bacia do Tarumã-Açu, foi identificado, no intervalo de dois anos de monitoramento, que apesar das análises de água estarem dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Conama há uma diferença para pior. Entre os fatores poluentes que influenciam neste impacto ambiental estão o aterro sanitário, os condomínios no entorno da região e também os flutuantes.
O pesquisador explica que o Conama indica para tomar banho no corpo hídrico, por exemplo, no máximo até mil coliformes, que são bactérias indicadoras de contaminação em alimentos e água, seu alto potencial patogênico representa riscos à saúde humana.
Já no Igarapé do Mindu, que faz parte da bacia do São Raimundo, na área que passa por trás da EST/UEA, foram detectados 5 milhões de coliformes, em 100 ml de água, ou seja, uma bacia extremamente degradada pelo esgoto doméstico.
A proposta do grupo de pesquisa é fazer um monitoramento regular, algo que não havia sido feito no estado, ou seja, ter os mesmos parâmetros nos mesmos pontos em determinados intervalos de tempos regulares. O pesquisador afirma que, em breve, os pesquisadores através do monitoramento do Rio Negro irão apresentar uma proposta de Índice de Qualidade de Águas Negras para a região Amazônica.
Da redação para Portal Pontual, com informações da Fapeam.
Fotos: divulgação.