Quando jogavam, Diego Simeone e Zinedine Zidane não poderiam ser mais diferentes. O primeiro era um meio-campista criativo, elogiado por sua classe e elegância com a bola e considerado um dos melhores da história. O segundo era o típico volante argentino, bom de marcação, catimbeiro e, por vezes, mais violento do que técnico.
Os dois são os técnicos do clássico de Madri deste sábado, entre Atlético e Real, no Vicente Calderón. E, se em campo não tinham muitas semelhanças, no banco de reservas eles dividem muita coisa. Especialmente para esta partida, eles estão cheios de problemas.
Real tem lesões na defesa, no meio e no ataque
Para começar, existem as lesões. Quem mais sofre é o Real Madrid. O time pode ser líder do Campeonato Espanhol, mas sofre muito com jogadores no departamento médico. Olhe a defesa. Pepe e Sérgio Ramos, zagueiros titulares dos merengues há anos, estão com problemas. O luso-brasileiro está fora do jogo e o espanhol, capitão da equipe, volta de lesão após 40 dias parado. Sem contar que Marcelo também perdeu muito tempo na temporada machucado.
O meio-campo é o pior setor. Quando a temporada começou, o brasileiro Casemiro se consolidou como o mais importante jogador para o esquema de Zidane, garantindo tranquilidade defensiva e deixando Kroos, Modric e o trio BBC (Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo) livre para decidir as partidas. Quando o volante sofreu uma fratura por stress, o esquema se desmontou. Foram quatro empates seguidos e a busca por uma formação que se adaptasse a ausência do ex-São Paulo. Não bastasse isso, o técnico francês ainda viu Modric ficar semanas afastado e Kroos fraturar o pé. Só o croata volta para a partida deste sábado –deve jogar mais recuado, ao lado do também croata Kovacic.
No ataque, Benzema volta de lesão, mas só voltou a treinar com a equipe nesta semana. Ele é a única opção para a posição, já que Morata, que vem ameaçando a titularidade do francês, se contundiu jogando pela Espanha – ficará um mês fora.