Coari sem prefeito e sem lei
Com o sumiço do prefeito de Coari, Raimundo Magalhães o município, que já estava ruim agora tá bem pior. Além dos saques nas instituições públicas municipais, roubos nas escolas estaduais agora cada um faz o que bem quer pelas abandonadas ruas da cidade.
Obras sem licença em áreas particulares e até em plena via pública. Um aterro próximo ao igarapé do Espírito Santo vem provocando assoreamento daquele importante curso hídrico. “Os proprietários deveriam obter uma licença junto à Secretaria de Meio Ambiente do município e também do Ipaam”, explica um professor.
Durante o domingo a obra foi realizada na rua Plinio Coelho, importante artéria que liga o Centro daquela cidade ao bairro do Pêra.
Máquinas pesadas removeram o canteiro central e a calçada de pedestres da via.
Moradores da proximidade, que tudo assistiam sem entender direito a necessidade daquela destruição, comentavam que a obra servirá apenas para beneficiar o porto do prefeito, que funciona do outro lado da rua. Outras pessoas garantem que o porto foi entregue, como pagamento de dívidas a um empresário local.
Enquanto os serviços públicos estão abandonados e o prefeito firagido, alguns se aproveitam da situação. Na escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro mais uma vez foi alvo de ladrões que levaram toda a merenda escolar. “Ainda bem que não levaram os notebooks que a Seduc mandou para os alunos e estão guardados há dois anos”, completou um estudante. A equipe de transição do governo municipal já identificou dezenas de objetos que foram retirados dos prédios públicos. São cadeiras, mesas, computadores, geladeiras, televisores, bebedouros, armários, pneus, peças de ônibus escolares, equipamentos médicos e odontológicos, motores de popa e até grandes embarcações que foram vendidas indevidamente.
Redação