Manaus | Terça Feira (15/0817)
Faltam 12 dias para votação de 2° turno que irá escolher o próximo governador do Amazonas. Neste cenário, destaco dois fatos que merecem atenção: Amazonino Mendes praticamente já venceu a disputa e a estratégia de mover peças, que possibilitou a vitória antes do término da eleição.
1) Cenário dos números:
Todas as pesquisas convergem para uma liderança de Amazonino com 15% a 20% nas intenções de votos. Considerando essa margem, Eduardo Braga teria que reverter cerca de 2% de votos ao dia, para poder encostar em Amazonino. Uma missão quase impossível, pois, o % de eleitores que afirmam que vão votar em Eduardo Braga, e praticamente o mesmo % que afirmam que vão votar “Branco/Nulo”. Ou seja, Braga teria que convencer todo dia 1% de eleitores de Amazonino a mudar seu voto, e 1% de eleitores insatisfeitos de “Branco/Nulo” a confiar seu voto em Braga. Isso definitivamente, não irá acontecer.
Eleitores do “Branco/Nulo” dificilmente mudam seu comportamento de voto, até a eleição, e muito menos, são seduzidos por alguma candidatura. Então, Eduardo jamais conseguiria conquistar votos dessa fatia da “pizza” que representa quase 1/4 dos eleitores.
Amazonino vence em todas as zonas de Manaus nas pesquisas, igual ao resultado do 1° turno. Ou seja, os votos não migraram para Eduardo, Amazonino se manteve com seu eleitorado, e os demais somaram a “Branco/Nulo”. Manaus, novamente vai representar grande parte do resultado da eleição, abstenção deverá ser maior, principalmente no interior.
Considerando o cenário dos números, o próximo governador do Amazonas se chama Amazonino Mendes nesta eleição.
Estratégia de Amazonino: Mover peças e prepara terreno.
Amazonino trabalhou para vencer a eleição antes mesmo de ela começar. Fez bem a estratégia primordial da política. Somar, Dividir, Subtrair e multiplicar.
Somou apoios certos, tirou apoios de Braga, e moveu apoios para outras candidaturas de forma estratégica. Mendes, não sentou ou conversou, com qualquer liderança que não estivesse no planejamento estratégico. Desenvolveu a melhor das estratégias, moveu peças, preparou o terreno e acertou no discurso e Marketing. As redes sociais foram acertadas, é o discurso. Amazonino fez algo difícil nesta eleição. Segundo dados internos, Amazonino diminui sua rejeição durante a campanha, fato impulsionado a não estar ligado a nenhuma operação ou investigação de corrupção.
Estratégia de Eduardo Braga: Confronto direto, porém, errou ao escolher Marcelo Ramos
Eduardo Braga antes da eleição flutuava entre 25% a 30% das intenções de votos. Porém, pensou que agregando Marcelo Ramos, somaria as intenções de votos de Ramos, que flutuava entre 15% a 20%. Errou na estratégia, na política, 1 mais 1 não e igual a 2!.
Marcelo migrou para Eduardo e não levou nenhuma intenção de votos, porém, acumulou rejeição. Marcelo teve efeito contrário a Amazonino, aumentou sua rejeição durante a campanha. Definitivamente, foi um erro ter sido escolhido vice, prejudicou a campanha de Eduardo Braga. Bastidores da campanha de Eduardo, também, já entenderam isso!. Braga teria mais chances se tivesse escolhido outro vice, Marcelo não ajudou, foi uma decepção em votos.
Eduardo desenvolveu a estratégia de confronto direto, no marketing e discurso. Porém, o eleitor não confiou, somando assim, um voto de confiança a Amazonino Mendes, e no grupo de “Branco/Nulo”.
Considerações finais
Esta eleição suplementar será marcada por vários fatos interessantes.
Grupo de Deputados agindo contra interesse do povo.
Governador interino, trabalhando para ser governador nos bastidores e apoiando uma candidatura ao mesmo Tempo.
Eleitor mandando um principal recado a classe política nas urnas: o descrédito.
% de “Branco/Nulo diz em voz alta que o povo cada vez mais esta decepcionado com sistema político e sua classe. Um eleitor com coração machucado e sem esperanças de dias melhores.
Eric Barbosa
Redação