O falecimento do ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, aos 83 anos, mobilizou amigos e também políticos da direita, esquerda e centro, além de adversários que fizeram questão de se manifestar e destacar a importância dele para a história do Amazonas.
O ex-governador estava internado desde dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por conta de uma pneumonia. No sábado, 11 de fevereiro, ele teve uma piora no quadro e, na manhã do domingo, 12, faleceu.
Amazonino era um dos últimos homens públicos remanescentes da escola política do saudoso governador Gilberto Mestrinho.
O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), usou seu perfil no Twitter para comentar sobre o falecimento do ex-governador do Amazonas. Na ocasião, ele agradeceu ao ‘Negão’ pelo apoio declarado no último pleito, quando disputava a presidência contra Jair Bolsonaro (PL).
A família de Amazonino confirmou nesta segunda-feira, 13, por meio da assessoria, que o corpo do político ainda está em São Paulo, onde será embalsamado e transladado para Manaus. No entanto, ainda não há um veredito sobre a realização do velório em Manaus. A família quer cremar o corpo de Amazonino.
Ao longo desses 40 anos dedicados à política amazonense, Amazonino Armando Mendes era natural de Eirunepé (distante a 1.772 quilômetros de Manaus), além de ser político, era empresário e advogado. Ele deixa três filhos.
Entre os principais legados deixados por Amazonino Mendes está a construção do ‘Bumbódromo’ de Parintins, que impulsionou o crescimento do Festival Folclórico de lá e fez ser conhecido mundialmente os bois Caprichoso e Garantido, além da fundação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), possibilitando um grande salto da Educação de Ensino Superior no Amazonas.
Amazonino Mendes foi governador do Amazonas pela primeira vez entre 1987-1990. Depois, nos anos 1995-1998, 1999-2002 e 2017-2019. Ele também foi prefeito de Manaus nos anos 1983-1986, 1993-1994 e 2009-2012. Na última eleição para prefeito, perdeu para David Almeida (Avante) com 48,73%. Sua última disputa política foi na eleição do ano passado, quando concorreu ao Governo do Estado, mas não chegou a disputar o segundo turno, ficando atrás de Eduardo Braga (MDB) e do governador reeleito Wilson Lima (União Brasil).
Augusto Costa, para O Poder
Charge: Israel Gusmão