Estudos in vitro realizados em laboratório identificaram que as plantas acariquara branca, carapanaúba e castanheira-do-Brasil são inibidoras contra o parasito causador da malária humana (Plasmodium falciparum).
Conduzido no Instituto Nacional de Pesquisas (Inpa), os resultados alcançados incluem a identificação de substâncias com atividades antiplasmódicas, isto é, com extratos de plantas ou substâncias capazes de impossibilitar o crescimento, matar ou inviabilizar o parasito que causa a malária.
Os resultados, de acordo com o doutor em química orgânica e coordenador do projeto Adrian Pohlit, representam uma etapa importante para o valor etnomedicinal regional, associando a eficácia no tratamento da doença às plantas estudadas.
Combate a malária
Segundo o pesquisador, a malária é uma doença tropical que ameaça e causa a morte de mais de quinhentos mil indivíduos em todo o planeta.
Atualmente, uma parte significativa dos antimaláricos, em uso mundial, devem a descoberta das substâncias antiplasmódicas artemisinina e a quinina presentes nas plantas usadas na medicina tradicional.
De acordo com Pohlit, há evidências de que os parasitos da malárias estão se tonando resistentes às TCAs (Terapias Combinadas à Base de Artemisinina) e aos seus componentes individuais, o que siginifica que esses tratamentos estão cada vez menos eficazes.
Dessa forma, é necessário pesquisar outros tipos de substâncias com propriedades capazes de combater a doença e, assim, oferecer novos tipos de tratamentos para a malária.
Pesquisadores
A equipe que participou e executou o projeto de 2018 até 2020 é composta por 18 colaboradores do Inpa, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria (Embrapa), e do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD-Fiocruz Amazônia).
A pesquisa foi lançada em janeiro deste ano no “Portfólio: Investimentos e Resultados de Pesquisas no Amazonas”. O acervo de pesquisas realizadas entre 2020 e 2022, está disponível no site da instituição em www.fapeam.am.gov.br.
Texto: Assessoria Fapeam
Foto: Érico Xavier/Fapeam; Antônio Lima/Secom; Divulgação