Uma pesquisa visa descobrir moléculas com potencial farmacológico no tratamento da malária e da leishmaniose, doenças que atingem, principalmente, indivíduos da região norte. A pesquisa conta com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) com o programa: Mulheres na Ciência.
A estudo intitulado “Compostos de coordenação com substâncias isoladas dos frutos de Vismia ssp: síntese, caracterização e avaliação de atividades biológicas” avalia e verifica os compostos metálicos sintetizados das espécies de plantas lacre (Vismia guiannensis) e lacre-branco (Vismia cayeannensis) quanto a atividade leishmanicida e antimalárica in vitro.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Dominique Fernandes de Moura do Carmo, do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em Itacoatiara, essas plantas já são de uso popular contra a micose pano branco, impinges e no tratamento de Leishmaniose cutânea.
As espécies desse gênero tem grande potencial biológico por ter a presença de metabólicos secundários, como antronas, antraquinonas, flavonoides e derivados fenólicos.
Resultados
A pesquisa ainda está em andamento, porém os resultados parciais do extrato dos frutos revelam grandes atividades antileishmania e antimalárica.
Todos os extratos apresentam quantidades consideráveis de compostos fenólicos, destacando os extratos metanólicos de Vismia cayeannensis e Vismia guianensis. Isso representa uma fonte promissora no tratamento da malária e leishmaniose.
As pesquisadoras continuarão com os estudos a fim de que o material vegetal seja transformado em um farmacológico padronizado, podendo ser utilizado no tratamento das doenças, com segurança e eficácia terapêutica.
Texto: Decon Fapeam.
Fotos: Acervo da pesquisadora.
Ilustração: Neto Ribeiro/ Portal Pontual.