domingo, junho 8, 2025
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Governo do Amazonas apoia pesquisa que analisa emissão de carbono durante períodos de seca

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Um projeto intitulado “Refúgios hidrológicos na Amazônia: o papel das florestas sobre lençol freático superficial na mitigação dos efeitos de secas intensas”, está analisando a emissão de carbono durante os períodos de seca.

Apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam),  o projeto verificou que as florestas localizadas em lençol freático superficial, com profundidade menor que 5  metros, emitiram menos carbono para atmosfera do que aquelas localizadas em lençol freático mais profundo.

O projeto é coordenado e desenvolvido pela doutora em Ecologia, Thaiane Rodrigues de Sousa, da Coordenação de Biodiversidade (CBio) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e amparado via Programa de Apoio à Formação e Qualificação de Doutores (Prodoc/Fapeam).

Ainda em andamento, a pesquisa identificou que não é somente a profundidade média do lençol freático que modifica os efeitos das secas, mas o impacto da flutuação temporal também.

A partir disso, observa-se as consequências do efeito estufa durante o fenômeno “El Ninõ”,ocorrido em intervalos irregulares, mais ou menos 5 e 7 anos. Com intensas alterações meteorológicas, se observam secas somente em algumas áreas e chuvas em outras. Quando esse fenômeno ocorre, o volume de chuvas fica menor e o lençol freático funciona como uma importante fonte de água.

Logo, os resultados da pesquisa demonstram que as florestas onde a flutuação do lençol freático ao longo do ano é mais alta, ocorre um menor crescimento e maior mortalidade de biomassa arbórea. Ou seja, é através dessa biomassa que se dá a emissão de carbono.

 

Equipe de pesquisa

Essas descobertas tem colaboração de pesquisadores do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) e da Rede Amazônica de Inventários Florestais (Rainfor), duas grandes redes de monitoramento de parcelas permanentes sul-americanas.

Apesar do desenvolvimento da pesquisa, os responsáveis apontam que para ter uma melhor análise da situação é necessário avaliar não somente fatores de profundidade e flutuação, mas outras variáveis do ambiente, por exemplo textura, temperatura, déficit hídrico climatológico e fertilidade do solo.

De acordo com a pesquisadora Thaiane Sousa, as florestas sobre lençóis freáticos não apresentam aumento na mortalidade de caules e biomassa durante este período. Já florestas localizadas em lençol freático com profundidade entre 5 e 10 metros, apresentam elevada mortalidade de caules e de biomassa.

Todos esses dados significam que estas florestas foram  fontes de carbono para atmosfera durante este período.

Nota-se que esse cenário demonstra a importância da conservação das florestas e das áreas de lençol freático superficial, com a finalidade de compensar as emissões de carbono para a atmosfera e reduzir os efeitos das mudanças cilmáticas.

 

Texto: da redação. 

Fotos: divulgação. 

Ilustração: Neto Ribeiro/Portal Pontual. 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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