Uma pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), do Stanford Linear Accelerator Center (Slac) e do Laboratório Nacional de Energias Renováveis (NREL) está desenvolvendo um novo método capaz de transformar diferentes tipos de plásticos em propano.
O propano é um gás liquefeito de petróleo que pode ser usado como combustível ou ser convertido em outros materiais.
A expectativa dos pesquisadores é que a técnica otimize a reciclagem desses materiais.
Esse processo é muito complexo, dado que existe quase uma centena de tipos de plásticos diferentes no mundo e cada um requer um processo químico específico para que seus pedaços sejam transformados ou reaproveitados em outros produtos.
A partir disso, os pesquisadores desenvolveram uma técnica que consiste em um catalisador feito de um material microporoso chamado zeólita que contém nanopartículas de cobalto.
Os autores afirmam, na publicação da revista científica JACS, que o novo método mostrou-se capaz de quebrar, ao mesmo tempo, diferentes tipos de polímeros plásticos e transformá-los em propano.
Desenvolvimento da pesquisa
A pesquisa ainda está em desenvolvimento e em pequena escala. Provavelmente, de acordo com os pesquisadores, será preciso mais investimentos para avançar nos estudos.
Enquanto isso, estima-se que mais de 400 milhões de toneladas métricas de plástico sejam produzidas a cada ano no mundo.
Desses 400 milhões, menos de 10% é reciclado, enquanto que 30% permanece em uso por algum tempo.
O restante do plástico vai para aterros sanitários, é incinerado ou descartado no meio ambiente.
Além disso, os plásticos também são um importante fator de mudança climática: a produção desse material foi responsável por 3,4%das emissões de gases de efeito estufa em 2019.