Estudantes da rede estadual de ensino de Itacoatiara produziram um plástico biodegradável, usando mandioca como matéria-prima.O projeto tem apoio do Governo do Estado através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) com o Programa Ciência na Escola (PCE).
A professora e coordenadora do projeto, Nelcilene Pontes, afirma que a iniciativa para o projeto foi durante a pós-graduação, onde ela executou diversos estudos envolvendo questões ambientais.
“Durante a pós-graduação executei diversos projetos envolvendo questões ambientais, principalmente aqueles ligados a presença deste poluente que é o plástico, então, na oportunidade de poder trabalhar com estudantes do ensino médio, surgiu a ideia de produzir um tipo de plástico que pudesse ser biodegradável a partir de uma matéria prima regional”, afirma.
A partir das suas experiências, a professora pôs em prática o que aprendeu na pós-graduação com os alunos da 1ª e 2ª série do ensino médio da Escola Estadual Deputado João Valério de Oliveira.
Para a matéria-prima do plástico biodegradável, foi escolhido o amido da mandioca. Junto desse material, foi utilizado água destilada, ácido acético comercial (vinagre), glicerina e algumas gotas de corante.
Metodologia de desenvolvimento
De acordo com a professora, inicialmente foi realizada uma atividade teórica expositiva onde abordava os assuntos sobre uso de polímeros, seus benefícios, malefícios e a sustentabilidade dos bioplásticos.
“Finalizando, foi contemplado o uso da mandioca e de produtos naturais como elaboração dos filmes biodegradáveis”, afirma a professora.
Durante a apresentação, foi enfatizado os conceitos químicos, apresentados os grupos funcionais, a estrutura de um polímero de etileno e as consequências do descarte inadequado para o meio ambiente.
Além disso, foi feita uma oficina para a finalização do projeto. “Nela demonstramos experimentalmente a produção do plástico, enfatizando os materiais utilizados e discutindo sobre a importância de tecnologias que aproveitem a matéria prima regional.”
A coordenadora do projeto ainda destaca que o produto produzido não pode ser aplicado secundariamente, pois há uma ausência de equipamentos para a produção adequada.
Por fim, a professora Nelcilene compartilhou com o Portal Pontual que pretende expandir o projeto, mas antes pretende inscrever o projeto em editais para obter recursos para aquisição de equipamentos.
Dessa forma, este e novos projetos podem ser executados com mais eficiência, “pois na escola temos professores capacitados e estudantes que almejam trabalhar na iniciação científica”, afirma a professora.
Texto: da redação.
Fotos: Acervo pessoal da professora Nelcilene Pontes.
Ilustração: Neto Ribeiro/ Portal Pontual.