Uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônia (Inpa/MCTI), Camila Ribas, revelou, através de um comentário, que estudos com mais de 150 anos do naturalista britânico Alfred Russel Wallace (1823-1913) sobre as distribuições de espécies na Amazônia ajudaram na compreensão na biogeografia da Amazônia.
Ainda hoje esses estudos são importantes para os pesquisadores indígenas recuperarem informações dobre seus antepassados.
Segundo Dzoodzo Baniwa, pesquisador indígena e membro da comunidade Canadá no Rio Ayari, afluente do Içana, coleta dados sobre a biodiversidade da região há 15 anos.
Suas pesquisas são baseadas em variadas fontes culturais, entre elas estão os estudos de Wallace, pois o britânico fez escritos específicos sobre plantas e espécies de animais da região dos arredore dos rios Negro e Amazonas.
O pesquisador indígena usa esses dados para aprender mais sobre como seus próprios ancestrais viveram.
A busca por esse conhecimento intercultural requer que os pesquisadores indígenas façam parcerias com outras organizações, tanto internacionais quanto nacionais, gerando um aprendizado mútuo entre os indivíduos envolvidos.
A Escola Baniwa Eeno Hiepole, localizada próximo a fronteira Brasil-Colômbia, utiliza uma metodologia de esducação integral reconhecida e elogiada internacionalmente.
Ribas afirma que pretende tranformar essa escola em um Instituto de Pesquisa e Universidade para, assim, estimular a pesquisa intercultural e aumentar o conhecimento sobre a região em que vivem.
Além disso, as comunidades indígenas teriam autonomia para documentar, de maneira sistemática, seu próprio conhecimento seus ancestrais.
Estudos do Wallace
O estudioso deixou informações importantes para a compreensão da dinâmica do bioma Amazônico.
Esses estudos biogeográficos são essenciais para a conservação e planejamento atual, pois a Amazônia vem sendo alvo de desmatamentos e queimadas, afetando o bioma.
Texto; da redação.
Fotos: divulgação.
Ilustração: Neto Ribeiro/ Portal Pontual.