Estudos feitos pela Coordenação de Dinâmica Ambiental (Codam) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), analisaram que a cheia na cidade de Manaus pode chegar a 28,80m.
Segundo o pesquisador do Inpa, Renato Senna, os estudos que preveem as condições de cheias são importantes para a prevenção das consequências à população. Essas pesquisas têm permitido que as consequências das grandes cheias sejam menores, pois os resultados são antecipados e as soluções para os problemas podem ser implementadas.
A Codam atua no monitoramento das chuvas que acontecem em toda Bacia Hidrográfica Amazônica, abrangendo desde as nascentes próximas ao Equador, Peru e Colômbia, até a foz, no estado do Pará, onde o Rio Amazonas se encontra com o Oceano Atlântico.
Por esse monitoramento, se observou que no final de 2022 e começo de 2023, as chuvas estavam acima do normal devido ao fenômeno conhecido como La Niña, um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico e, geralmente, intensifica os volumes de chuva na região amazônica.
O pesquisador afirma que há diversos fatores que colaboram com esse desordenamento de chuvas, dentre eles a elevação das temperaturas nos oceanos.
Essa elevação de temperatura explica as cheias recordes que vêm ocorrendo em intervalos tão curtos. Em 30 anos, já foram registradas aproximadamente oito cheias históricas no Amazonas.
As cheias
As cheias são um fenômeno natural que ocorrem nos rios, caracterizado pela enchente e vazante. Embora tragam impactos negativos em determinadas áreas, as cheias também apresentam benefícios, como a facilitação da navegação, tanto para o transporte de mercadorias quanto para o deslocamento da população; e o depósito de material orgânico nas áreas alagáveis e nas margens dos rios, que proporciona fertilidade para a agricultura familiar.
Texto: dac redação.
Fotos: divulgação.