Uma plataforma digital de ensino e aprendizagem, desenvolvida pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), tem o objetivo de capacitar pessoas que atuam diretamente no atendimento ao turista com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Para a pesquisa, intitulada “Acessibilidade atitudinal e atividade turística: impacto social e crescimento econômico”, foi desenvolvido o site www.maisacessoqualifica.com.br e o aplicativo “Mais Acesso Qualifica”, disponível para versões IOSe Android, onde foi disponibilizado o curso “Atendimento à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida”, de forma gratuita.

Desenvolvimento da pesquisa

De acordo com a coordenadora do projeto e doutora em Turismo e Hotelaria, Marklea da Cunha Ferst, para entender as reais necessidades dos turistas, foi realizado um trabalho conjunto entre pessoas que atuam no segmento do turismo e pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, para assim elaborar o curso de forma direcionada.

Durante a pesquisa também foram realizadas entrevistas com turistas e na maioria das respostas foram pontuadas necessidades de melhoria da acessibilidade em todos os termos, inclusive nas questões da acessibilidade atitudinal, ou seja, atitudes em relação à pessoa com deficiência, formas de tratamento, etc.

Além disso, foi aplicado um questionário online e nas perguntas abertas houve muitos comentários da importância de promover treinamento para o atendimento da pessoa com deficiência.

Com isso, o grupo de pesquisa também identificou que a acessibilidade atitudinal tem grande impacto na escolha de destino desses turistas com acessibilidade.

Origem do projeto

A ideia de desenvolver a plataforma surgiu a partir da tese de doutorado da coordenadora do projeto, que teve como objeto de estudo o tema ‘turismo acessível’.

Já durante o projeto, foram realizadas diversas capacitações presenciais com o material que está no curso, e os resultados foram tabulados e serão publicados, em breve, em artigo científico.

Atualmente, a equipe trabalha no planejamento de um curso de capacitação para acessibilidade em sites e redes sociais, após um levantamento apontar que a maioria não é acessível.

Texto: da redação.

Fotos: divulgação.