O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e a Universidade de Washington firmaram parceria para implementarem o Projeto INSIGTH.
Esse projeto visa promover o fortalecimento da vigilância em saúde na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Peru e Colômbia), com atenção para infecções endêmicas, como malária, tuberculose, dengue; infecções sexualmente transmissíveis (IST’s); hepatites virais; doenças de veiculação hídrica; e febres de origem desconhecida.
O projeto é inicial e integra um acordo de cooperação entre CDC, Centro Internacional de Formação e Educação para Saúde da Universidade de Washington (UW I-TECH) e a Fiocruz Amazônia.
Durante dois dias, alguns representantes de instituições de saúde, ensino e pesquisa dos três países, estiveram reunidos na sede da Universidade Nacional da Colômbia, na cidade de Letícia, que faz fronteira com Tabatinga, com a intenção de apresentar o projeto e diagnóstico situacional da sáude na região da Tríplice Fronteira.
Segundo a diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Benzaken, esse encontro objetivou apresentar o projeto e discutir propostas viáveis de estratégias de atuação construídas de forma coletiva e participativa pelos três países.
Além dos países citados, o programa pretende atuar na região da Tríplice Fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, pois o projeto INSIGHT visa aumentar o acesso de governos a dados de saúde pública.
Com isso, o projeto deve se estender até o ano de 2024, contando com reuniões e encontros para discutir os dados e definições das atividades do programa.
Segundo o pesquisador Fernando Herkrath, o encontro gerou diversas proposições, entre elas: reuniões periódicas para análises de situação, elaboração de boletins epidemiológicos conjuntos dos três países para doenças prioritárias, trabalhar com mecanismos nacionais e internacionais para assinatura de acordo tripartite, capacitação dos profissionais (incluindo os agentes comunitários de saúde indígenas e não-indígenas), definição de protocolos locais, padronização dos dados de cada país para facilitar compartilhamento e análise das informações e consolidação de uma rede de notificação e resposta comum entre os países.
Além disso, a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas- Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, afirmou que o projeto é muito importante para o fortalecimento da vigilância em saúde no território da tríplice.
Ao final do encontro, os participantes puderam conhecer as instalações do Laboratório de Fronteira, na cidade de Tabatinga, e da Secretaria de Saúde do município de Letícia.
Texto: da redação.
Fotos: divulgação.