Nos dias 11 e 12 de julho acontece na capital, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), um intercâmbio com objetivo de promover o compartilhamento de experiências e conhecimentos sobre formação e capacitação em REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).
Esse evento vai acontecer por conta do recorrente cenário de emergência climática. Nesse meio, por mais que o Brasil não seja um país que disponha de mercado de carbono, é importante que o país tenha algumas estratégias em implementação, como os sistemas jurisdicionais de REDD+, adotados pelos governos dos estados da Amazônia brasileira.
Contudo, para que essas ações sejam positivas, é necessário que exista um acompanhamento e participação dos indígenas, povos e comunidades tradicionais da região, garantindo o respeito aos aspectos culturais, direitos territoriais e modos de vida.
Projeto ‘Destravando e Alavancando o Desenvolvimento de Baixas Emissões’
Essa ação faz parte do projeto “Destravando e Alavancando o Desenvolvimento de Baixas Emissões”, uma iniciativa da FAS junto com outras seis organizações não governamentais e dez organizações indígenas, indigenistas e extrativistas.
Os participantes do intercâmbio fazem parte do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do GCFTF, além dos representantes dos estados da Amazônia Legal e autoridades estaduais responsáveis pela temática indígena.
Durante dois dias de encontro, além das lições e estratégias adotadas em iniciativas de REDD+ já executadas ou em execução, o evento busca, também, construir uma proposta de metodologia para capacitação destinada as populações indígenas e comunidades tradicionais.
Programação do evento
A programação permitirá que os participantes façam contribuições sobre os temas e subtemas prioritários, além de abordarem as diretrizes metodológicas a serem utilizadas durante as formações e capacitações do projeto.
No primeiro dia de evento, terá uma reunião do Comitê Regional para parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do GCFTF; a apresentação do projeto “Destravando e Alavancando o Desenvolvimento de Baixas Emissões”; e trocas de experiência sobre iniciativas de REDD+ em estados brasileiros.
Além disso, serão expostas questões sobre o mercado voluntários de carbono com povos indígenas, REDD+ jurisdicional e projetos privados em Terras Indígenas, apresentados pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT).
Já o segundo dia será voltado para a validação das metodologias a serem utilizadas nas capacitações para povos indígenas e povos de comunidades tradicionais. Entre as instituições previstas para apresentação, estão a Comissão Pró índio do Acre, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e o Conselho Nacional de Seringueiros (CNS).
Ao final do intercâmbio, espera-se alcançar um consenso sobre as principais atividades da formação e capacitação propostos pela organização do evento.
Texto: da redação.
Fotos: divulgação.
Ilustração: Neto Ribeiro/Portal Pontual.