Uma pesquisa será desenvolvida na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) onde avaliará a estratégia de vigilância ativa (AV) em 50 pacientes com câncer de próstata.
Denominada “Avaliação de um protocolo assistencial de vigilância ativa para câncer de próstata no SUS”, o estudo iniciou no fim de agosto e terá duração de um ano. Além disso, contará com recursos financeiros de R$ 4.260.823,62.
Isso se trata de um projeto do Ministério da Saúde (MS), via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi- SUS), o qual visa impactar positivamente na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH).
Vale ressaltar que a avaliação da vigilância ativa em pacientes com diagnóstico de câncer de próstata nunca foi avaliada na população brasileira, muito menos na amazonense. Esse assunto vêm de pesquisas internacionais.
Benefícios para o sistema de sáude
Nos países que já utilizam desse projeto, é notório uma diminuição dos gastos, de filas para cirurgias e/ou radioterapias. Ainda, é possível, com a vigilância ativa, minimizar eventos , como disfunção erétil, incontinência urinária e sequelas instestinais em pacientes.
Como funciona?
Segundo Martins, a vigilância ativa funciona da seguinte forma: primeiro há uma classificação dos pacientes em diferentes grupos prognósticos ( risco favorável, risco intermediário e risco desfavorável) e somente a partir dessa classificação que se define se o paciente precisa ser encaminhado para cirurgia ou não.
Isso reduz as mortes e sequelas de tratamentos radicais contra o câncer de próstata.
Com isso, cerca de 30 a 40% dos pacientes com esse tipo de câncer, não precisam realizar cirurgia imediatamente, ou até radioterapia e/ou hormonioterapia, já que não apresentam um risco de progressão da doença.
Caso, durante o acompanhamento, ocorra uma progressão da doença, o paciente será encaminhado para cirurgia e/ou radioterapia, sem perdas das chances de cura.
Texto: da redação, com informações da FCecon.
Fotos: divulgação.
Ilustração: Neto Ribeiro/Portal Pontual.