sábado, setembro 7, 2024
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Fenômeno El Niño interrompe a capacidade das floretas da América do Sul de absorverem carbono

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Um estudo divulgado na revista Nature Climate Change aponta que as altas temperaturas causadas pelo evento climático El Niño, no período de 2015 a 2016, interromperam a capacidade das florestas da América do Sul de absorver o carbono.

A pesquisa, liderada pela pesquisadora Amy Bennett da Universidade de Leeds (Reino Unido), apontou que o evento climático, nos dois anos citados, causou o aumento extremo do calor e da seca em toda América do Sul.

Isso levou os pesquisadores de diferentes instituições, nacionais e internacionais, a avaliarem o impacto do fenômeno (2015-2016) comparado com os anteriores.

Impacto das mudanças climáticas

Durante muito tempo, as florestas tropicais funcionaram como sumidouros de carbono, retirando mais carbono do ar do que emitindo.

Esse processo causou um grande impacto climático, e com as pesquisas atuais mostrou-se que as altas temperaturas climáticas e a seca, durante o El-Niño de 2015  e 2016, levaram ao aumento das perdas de carbono através da mortalidade das ávores.

Segundo os estudos, de 123 parcelas estudadas, 119 delas experimentaram um aumento médio mensal de temperatura de 0,5 graus celsius.

Além disso, 99 parcelas sofreram déficits hídricos, isso quer dizer que onde estava mais quente, também estava mais seco.

Todas essas parcelas estudadas abrangem florestas amazônicas e atlânticas, incluindo as que são de transição com florestas secas e Cerrado.

Com isso, percebeu-se que as florestas em climas mais secos da América do Sul sofreram os maiores impacts do El Niño.

 

Resultados da pesquisa 

Os resultados sugerem que as florestas mais secas na região tropical terão maiores taxas de mortalidade no El Niño de 2023, provocando uma maior emissão de carbono para atmosfera.

Nas regiões onde o desmatamento é maior, mais no leste e sul da Amazônia, existe um grande risco e incêndios florestais. Outro ponto da pesquisa, é que secas frequentes enfraquecem as florestas, deixando-as mais vulneráveis.

Segundo a pesquisadora do Inpa que está participando do trabalho, Flavia Costa, esses resultados demandam uma vigilância constante por parte das agências ambientais em todos os estados da Amazônia brasileira.

Já a pós-doutoranda do Inpa, Thaiane Sousa, destaca como é importante as análises feitas, principalmente com os eventos de seca  que estão acontecendo.

 

Equipe

O trabalho foi realizado em seis países sul-americanos por diversos pesquisadores de diferentes nacionalidades. Entre eles estão a pesquisadora Flavia Costa e a pós-doutoranda Thaiane Sousa, as duas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).

 

 

Texto: da redação, com informações do Inpa. 

Fotos: divulgação. 

 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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