Manaus | Terça-feira
A Polícia Civil do Amazonas, por meio das equipes da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), com o apoio de policiais lotados na Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Derfv) e servidores da Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), deflagrou na manhã desta terça-feira (06/02) a operação “Alfeu”, que culminou nas prisões de quatro homens envolvidos em receptação de 642 mil litros de gasolina, avaliados em R$ 3 milhões, subtraídos de uma empresa de transporte de combustíveis. O furto do combustível aconteceu em outubro de 2017.
Os empresários Francisco de Assis da Silva Souza, 42, e André Rabelo de Oliveira, 41, além de Adenilzo da Cunha Damasceno, 55, conhecido como “Pedrinho”, e Elizeu França Barros, 34, foram presos por envolvimento na prática ilícita. O delegado Adriano Felix, titular da Derfd, divulgou o balanço da operação durante coletiva de imprensa realizada às 11h, no prédio da unidade policial. A autoridade policial ressaltou que Francisco foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva e os outros três indivíduos em decorrência de mandados de prisão temporária, com prazos de cinco dias. Durante ação foram cumpridos, ainda, cinco mandados de busca e apreensão.
Felix explicou que a operação foi desencadeada por volta das 6h. Francisco de Assis, André e Adenilzo foram presos em pontos distintos de Manaus. Já Elizeu foi preso pelas equipes da Derfd em Manicoré, município distante 332 quilômetros em linha reta da capital. Os mandados de prisão temporária e de prisão preventiva foram expedidos no dia 30 de dezembro de 2017, pela juíza Luciana da Eira Nasser, no Plantão Criminal. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos no dia 25 de janeiro deste ano, pelo juiz Luis Alberto Nascimento Albuquerque, da 1ª Vara Criminal.
De acordo com a autoridade policial, o proprietário da empresa onde ocorreu o furto formalizou a ocorrência na Derfd no dia 6 de outubro do ano passado. Na ocasião, o homem relatou que a balsa com a gasolina estava atracada em um porto privativo da empresa, situado nas proximidades do Porto da Ceasa, na zona sul de Manaus. O delito foi percebido por funcionários do estabelecimento de navegação que, ao chegarem à balsa, identificaram que a carga estava incompleta.
“No dia 6 de outubro de 2017, a vítima nos procurou e informou que o furto de 642 mil litros de gasolina, que estavam acondicionados em uma balsa no porto privativo da empresa dele. A partir daí iniciamos as investigações em torno do caso”, argumentou Adriano Felix.
Investigações – Ao longo das investigações, as equipes da Derfd identificaram as pessoas que participaram do delito. Os policiais constataram que o vigilante da empresa, Sílvio André Albuquerque dos Santos, deu suporte ao furto, permitindo que “Pedrinho” e outro indivíduo, que já foi identificado pela polícia, retirassem o combustível da balsa e transferissem para outros barcos de pequeno porte, que pertencem ao empresário Francisco de Assis.
“Após o furto, a dupla colocou água nas boias da balsa para evitar que fosse detectada a retirada da gasolina e a embarcação permanecesse no mesmo nível. Os infratores agiram antes que o barco transportasse a carga a Santarém e Itaituba, no Pará. O vigilante confessou participação no delito e relatou, em depoimento na especializada, que recebeu R$ 1,5 mil para facilitar o furto da carga”, declarou o delegado.
Adriano Felix ressaltou que parte da gasolina furtada foi utilizada para abastecer um posto de combustíveis flutuante, conhecido como “Pontão”, chamado Bons Amigos, que pertence ao empresário Francisco de Assis. A unidade fica na orla do Porto da Ceasa, na zona leste de Manaus. O combustível oriundo da ação criminosa também foi utilizado para abastecer o “Pontão” Rio Negro, que pertence a André Rabelo. A carga também foi enviada a Manicoré, onde foi receptada por Elizeu. Ele vendeu o produto para moradores daquela área e, também, em garimpos.
Indiciamentos – No prédio da Derfd Francisco de Assis, André e Adenilzo foram indiciados por furto qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Elizeu irá responder por receptação. Ao término dos procedimentos cabíveis da especializada, Francisco de Assis foi conduzido ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). André, Adenilzo e Elizeu irão permanecer na unidade policial até a conclusão dos trâmites em torno do caso. Felix ressaltou que o vigilante da empresa foi ouvido em Termo de Declaração na Derfd e indiciado por furto qualificado. Ele foi liberado para responder ao processo em liberdade, após ter colaborado com o andamento das investigações.
Fonte: Secom
Redação Por Natália Dantas