Pesquisadores do Amazonas propõem a realização do projeto “Proposta de monitoramento epidemiológico e espaço-temporal dos feminicídios: potencialidades da vigilância da informação em saúde à equidade de gênero” com o intuito do monitoramento epidemiológico e espaço-temporal dos feminicídios na Amazônia.
As pesquisas terão contribuição do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA-UEA) e da Escola Superior de Ciências Sociais (ESO-UEA).
No próximo mês de Março, os cientistas do Laboratório de Modelagem em Estatística, Geoprocessamento e Epidemiologia (LEGEPI/Fiocruz), juntamente com os docentes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e UEA, realizarão a 1ª Oficina Ampliada sobre as Aplicações da Vigilância da Informação em Saúde à Avaliação do Feminicídio.
Segundo o coordenador do projeto, Jesem Orellana, a oficina tem o objetivo de detalhar as diferentes iniciativas da pesquisa, que abrage a dimensão: estatística, socioepidemiológica, geográfica da saúde, de direito e da tecnologia da informação.
O epidemiologista afirma que as análises iniciais do projeto apontam para uma possível invisibilidade dos feminicídios, com ênfase na área da saúde.
Oficina
Os temas a serem debatidos durante a oficina são:
Projeto: objeto, métodos, progressos, protocolos (codebook, banco de dados e trabalho interdisciplinar);
Coleta de dados: sociodemográficos, geográficos, epidemiológicos e relato de casos;
Captura de dados oficiais de mortalidade (FVS-RCP): finalidade e desafios;
Controle de qualidade no banco de dados e Linkage: finalidade e potencialidades;
Classificação jurídica de mortes em prováveis feminicídios ou não: estratégia e aspectos operacionais;
Monitoramento digital de notícias sobre mortes de mulheres por agressão: etapas do desenvolvimento de um robô de busca e sua contribuição à captura de dados sobre mortes por agressão de mulheres;
Resultados esperados: manuscritos, divulgação em eventos, observatório.
Terminando com propostas da viabilidade de extensão do projeto à realidade de Porto Velho (RO) e Belo Horizonte (MG).
Da redação
Foto: Divulgação