Manaus, 16 de janeiro de 2020.
Uma idosa de 69 anos, foi encontrada em condições desumanas, a filha de 38 anos, identificada como Flávia Cristina Marçal, foi presa acusada de maus-tratos. Os polícias civis que resgataram a senhora ficaram chocados com a gravidade da situação, “Eles a descreveram como um cadáver vivo. Ela estava se desintegrando, uma situação deplorável”, disse a chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa e com Deficiência (Decrin), Ângela Maria dos Santos.
A mulher foi presa na terça-feira (14), mas foi solta após pagar a fiança de R$ 2,5 mil. A idosa estava sem dentes e com várias feridas. Um dos ferimentos era tão profundo que o pulmão da vítima estava exposto.
A denúncia foi feita por um médico do Núcleo de Atendimento Domiciliar, do Hospital de Taguatinga (HRT). Durante uma das consultas, se deparou com uma situação deplorável.
A filha da idosa assumiu aos investigadores que usavam a aposentadoria da mãe, R$ 3,9 mil, para benefício próprio, alegando que a mãe se alimentava por sondas e não tinha gastos pessoais.
A idosa adoeceu depois de um acidente automobilístico que sofreu vinte anos atrás, que há uma década estava em estado vegetativo e sendo cuidada pela filha única, que era servidora aposentada da Secretaria de Educação.
“Nós fomos acionados pelo Núcleo de Atendimento Domiciliar da Secretaria de Saúde para acompanhar uma visita e verificar a situação. Encontramos uma casa com um ambiente totalmente insalubre, sem as mínimas condições de higiene, quente e sem ventilação, a ponto de os policiais que participaram da ação passarem mal”, descreveu a delegada Ângela Maria dos Santos.
A filha ainda alegou que trancou a faculdade para “cuidar” da mãe. “Ela disse que nunca contratou cuidadoras porque temia que elas maltratassem sua mãe”, informou a delegada.
Após ser resgatada, a idosa foi levada às pressas para o HRT, onde está entubada e espera por cirurgia. O caso foi comunicado ao Ministério Público, que definirá o destino da vítima, caso receba alta.
Fonte: Metrópoles.
Fotos: Reprodução.
Redação por Débora Almeida.