Coluna | Professor Nota 10 com Rodrigo Fróes.
Título: Professores precisam ocupar o lugar principal.
Entendemos que professores protagonistas não são os que estão no centro do palco, mas os que se posicionam como líderes do processo pedagógico, que focam seu trabalho na efetiva aprendizagem do aluno e não se prendem às limitações externas para alcançar seus objetivos. Isso significa, também, desenvolver propostas didáticas diferenciadas, que fogem da rotina e surpreendem.
Em 1932 o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, assinado por personalidades como Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Cecília Meireles, pedia que cada sala de aula, em todos os níveis de ensino, passasse a funcionar como uma comunidade em miniatura e que a própria escola se abrisse seletivamente para interações com a vizinhança, com outras escolas e com outros lugares, passando a ser um ambiente dinâmico em íntima conexão com a região e a comunidade. Oitenta e cinco anos depois, a importância dessas ideias é ainda maior…
Pensar o aluno fora da caixinha e acreditar que você, professor, pode fazer a diferença. Acreditamos e sabemos que sem professor as mudanças educacionais não são possíveis. Esta parece ser uma das certezas derivadas das reflexões e conclusões dos balanços das reformas educacionais empreendidas pela maioria dos países da América Latina e do Caribe, cujas avaliações mostram resultados inferiores aos esperados com relação aos recursos e ao tempo investidos.
Não a essas mudanças que ocorrem sem debates e consultas a quem de fato conhece a educação, o professor, que vive a realidade da sua comunidade escolar em seus múltiplos aspectos (recursos materiais disponíveis, carga horária e números de alunos em sala). Tomando a fala de Circe Bittencourt entenderemos o porquê da busca incessante em calar as ciências humanas:
O Ensino de História deve contribuir para libertar o indivíduo do tempo presente e da imobilidade diante dos acontecimentos, para que possa entender que a cidadania não se constitui em direitos concedidos pelo poder instituído, mas tem sido obtida em lutas constantes e em suas diversas dimensões.
Não nos calarão, pois nós professores sempre lutaremos com a convicção incessante do juramento que fizemos, pelo compromisso com uma escola justa, pública e de qualidade!
“Só há valorização do professor, quando a carreira é respeitada.” Tenho Dito!
Rodrigo Froes.