Amazonas | Quinta feira (06/07)
O Amazonas está sob situação de instabilidade, visto a ‘’trapalhada jurídica’’ que se iniciou com a cassação do ex governador José Melo e que se culminou com a decisão do ministro Lewandoswiski que suspendeu uma eleição que já estava em curso para escolher novo governador do Amazonas.
Após a decisão de suspensão das eleições, candidatos entrarão com recurso no STF, para derrubar a liminar de Lewandowisk.
Caso Carijó 2004: Estratégia David Almeida
Em 2004, Carijó era presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), e o prefeito de Manaus era Alfredo Nascimento. Na oportunidade, o presidente do Brasil na época, Lula, fez convite a Alfredo Nascimento para assumir o Ministério dos Transportes. Por força de Lei, a CMM realizou eleição indireta para escolha do prefeito substituído Alfredo Nascimento.
Carijó teve viabilidade, após conseguir trocar de partido, pautado na resolução que permite a mudança de partido no prazo de 48 horas, ponto de interesse do governador interino David Almeida que não tem partido para concorrer a eleição.
Caso, David Almeida consiga neste cenário viabilidade para trocar de partido, iria contar com os votos dos deputados para continuar governador, mesmo sem ter recebido nenhum voto popular.
O problema desta manobra
O efeito secundário desta manobra e que ela cria instabilidade, o que já tem prejudicado o Amazonas. O fato de David Almeida se utilizar desta estratégia para mudar de partido e negociar os votos dos deputados, irá abrir precedentes jurídicos para outras batalhas jurídicas. Ou seja, o mesmo clima de incerteza de hoje, continuaria no período até as eleições de 2018.
Só eleição direta, voto popular para recuperar equilíbrio no Amazonas
Único método viável para encerrar essa questão, apaziguar as intenções e promover estabilidade, seria as eleições diretas. Um novo governador eleito com voto popular, representaria um processo de oxigenação na administração estadual, e o sentimento de estabilidade nas decisões do executivo.
Assim, impediria a troca desnecessária de secretários, a diminuição de interferência dos deputados nas secretárias do governo e o principal, o equilíbrio econômico que foi causado por gastos excessivos neste período de governo transitório.
Por fim, os bastidores da política amazonense aguardam uma decisão do STF, para dar fim a situação de incertezas que tomou conta. Bom seria, que todos entendessem que somente através do voto popular, se elege representantes do povo e não manobras jurídicas e negociatas para perpétua aqueles que estão transitórios e não receberam nenhum voto para administrar o Amazonas.
Eric Barbosa