Manaus | Quinta-feira
Em assembleia geral realizada nos campi de Benjamin Constant, Coari, Humaitá e Manaus, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) decidiram juntar-se às demais categorias da classe trabalhadora e paralisar as atividades na terça-feira (5), em uma greve geral programada para acontecer em todo o país na próxima semana.
A data foi proposta pelas centrais sindicais como forma de chamar a atenção da sociedade para a Reforma da Previdência, prevista para entrar em regime de votação no Congresso Nacional na quarta (6). A Reforma da Previdência vai impor novos limites aos trabalhadores, como estender o tempo de contribuição e aumentar percentuais da alíquota, gerando prejuízos mesmo a quem está prestes a aposentar-se, pois foi excluído da proposta o grupo de transição.
Na avaliação dos dirigentes sindicais, o novo texto da Reforma da Previdência insiste no ataque aos direitos dos trabalhadores e continua se configurando como um retrocesso à aposentadoria no país. A CSP-Conlutas, central à qual a Associação dos Docentes da Ufam (Adua) é vinculada, endossa a necessidade de esclarecer os trabalhadores sobre o caráter nefasto dessa e de outras reformas.
“O discurso e a campanha que o governo vem fazendo para enganar a população é de que existe um déficit na Previdência. Mas, vários institutos de pesquisa ligados ao próprio governo federal já demonstraram que a Previdência não é deficitária. Esse é um ataque inadmissível ao direito do trabalhador”, afirma a primeira-secretária da Adua, professora Kátia Vallina, durante a condução dos trabalhos na assembleia em Manaus.