Manaus |Terça-feira
O público que conferiu a estreia da exposição “Filhas da Rua”, na Galeria do Largo, aprovou a valorização da arte em graffiti e as mensagens de empoderamento feminino nas apresentações musicais que aconteceram no local. A mostra reúne pinturas em graffiti das artistas Hadna Abreu, Lori, Kina, Isy, Debora Erê, Mia, Liz e Nadja Kristhina, que destacam a figura feminina por meio da arte urbana. Até o momento, cerca de 250 pessoas já visitaram a exposição, que acontece até o dia 31 de janeiro, com visitação gratuita, de terça a domingo.
A jornalista Naritha Migueis administra um blog sobre pontos culturais da cidade e foi uma das primeiras visitantes da mostra. Ela considera a exposição como símbolo de liberdade da arte de rua. “Sinto orgulho, a Galeria sempre foi um dos meus lugares preferidos de visitar. E ver, hoje, que ela abriga a arte de rua, com essa exposição linda, é um grito de liberdade e de vitória para os artistas”, afirma a jornalista. “Ver que Manaus está valorizando cada vez mais a arte urbana e o sucesso dos nossos artistas de rua é maravilhoso”.
Para Naritha, o ponto alto da exposição ficou por conta das mensagens de empoderamento feminino transmitidas através da produção das obras e das apresentações musicais do evento. “O mais interessante e legal é saber que quem fez todas aquelas artes foram mulheres fortes, que lutaram contra o preconceito e que são empoderadas, que não ligam para o que a sociedade pensa”, comenta. “As mulheres grafiteiras estão mostrando que elas são, sim, artistas”.
Encantada – Uma das responsáveis pelas mensagens de empoderamento feminino cantadas em “Filhas da Rua” é Cida Ariporia, cantora, produtora cultural e professora do coletivo do hip hop para mulheres. Ela se apresentou e também ficou encantada com as pinturas em graffiti feitas pelas artistas e considerou a exposição um marco nas suas apresentações. “É uma grande realização para nós, mulheres. Podemos lutar pelos nossos ideais e eu acho que essa exposição quer mostrar exatamente isso”, diz Cida.
Victoria Galbraith, que visitou a Galeria do Largo no dia da estreia de “Filhas da Rua”, considerou a exposição uma forma de liberdade artística de mulheres. “Foi superinteressante, pois ela mostra a força que a liberdade feminina vem tomando, uma forma de aproximação do público com a arte urbana”, ressalta a estudante de 14 anos.
A artista visual Hadna Abreu, que também fez pinturas em graffiti no local, reforça que é importante à transmissão de valores através da arte urbana. “A arte tem várias linguagens que todo dia muda, vem com o intuito de chamar a atenção da sociedade. É importante para que o artista use a pintura para transmitir ideias do meio urbano e valorize essa arte, que, muitas vezes, é marginalizada”, comenta Hadna. “Essa exposição é uma forma de trazer para perto das pessoas os detalhes do que é a arte de rua e o artista que trabalhou nela”.
Fonte: Secom
Redação Por Natália Dantas