Manaus | Sexta-feira
No ano em que a Polícia Federal indiciou cinco ex-secretários estaduais e um ex-governador por suposta participação em esquema de desvio de verbas da Saúde, a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), órgão responsável pela fiscalização dos recursos públicos, custou ao bolso do contribuinte R$ 232,6 milhões. A manutenção de cada uma das 24 vagas de deputado representa despesa de R$ 9,7 milhões ao ano.
Cabe à ALE-AM, além da tarefa de elaborar e aprovar leis, a de fiscalizar todos os atos do Poder Executivo e entidades da administração direta e indireta, incluindo as autarquias, fundações e empresas públicas.
Ao todo, foram realizadas 126 sessões durante o ano de 2017. Dividindo o valor gasto pela casa pelo número de reuniões plenárias, percebe-se que cada um desses encontros, que deveriam cuidar prioritariamente das demandas da sociedade, tem um custo de R$ 1,8 milhão. Maio foi o mês mais movimentado, com 15 sessões. Em julho, houve apenas seis encontros.
O recesso parlamentar estava previsto para o dia 20 deste mês, mas por conta do impasse na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) aconteceram sessões nos dias 21 e 26, para que finalmente houvesse a aprovação do projeto por 23 votos e uma abstenção. A LOA prevê R$ 15,4 bilhões para o governo do Estado, no ano que vem.
Durante a última votação na ALE-AM, o que se observou foi um racha, que ocorreu após a eleição suplementar para governo do Amazonas. O plenário acabou dividido, com uma oposição com mais deputados.
Redação Por Natália Dantas