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Policial | “Caso Rayner” – Mãe de jovem se emociona ao relembrar últimos momentos com o filho, e desmente acusação de suicídio.

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Manaus-AM, 11 de outubro de 2019, sexta-feira.

Na tarde da última quarta-feira (9), a mãe do adolescente Rayner Vinicius da Silva Gonçalves, de 15 anos, desaparecido desde o dia 17 de dezembro de 2018, relembrou toda a angústia que sofreu no desaparecimento do filho, após reconhecer peças de roupa que foram encontradas junto a uma ossada na praia da Ponta Negra, no dia 7 de outubro.

Maria Antônia disse que o rapaz caminhava no local duas vezes por semana, e que sempre retornava às 21h30, porém, o fatídico dia fugiu a regra. A mãe se emocionou relatando os últimos momentos com o filho, antes de seu desaparecimento.

“Naquele dia o meu filho almoçou com a gente e, próximo à hora dele sair, ele veio aqui e disse: ‘mãe, eu quero fazer uma abacatada, como que faz?’ Eu expliquei, ele fez e trouxe para mim. Logo depois ele voltou e me chamou para caminhar, ficou me chamando de velha gorda, sedentária (risos), mas eu disse que eu não poderia ir, mas que na terça-feira eu iria com ele. Então ele pediu autorização para ir caminhar e eu deixei. Ele chegou a chamar o primo dele e uns amigos para ir, mas ninguém podia, então foi sozinho”, disse a mãe do adolescente, que também relatou ter ficado muito triste com as autoridades que não deram muita atenção ao caso, quando ela foi relatar o desaparecimento do menor.

“O que me deixa triste é que mesmo com tanta repercussão, autoridades que poderiam ter se empenhado mais, não fizeram. Na mesma noite em que ele desapareceu, eu fui à delegacia, me disseram que talvez o meu filho estivesse embriagado dormindo na praia ou que estivesse na casa de alguma namorada. Eu respondi que o meu filho não bebia e que não tinha nenhuma namorada”, contou.

Procura pelo filho 

Na manhã do dia seguinte ao desaparecimento, que caiu em uma segunda-feira (17), a Maria Antônia esteve na Ponta Negra, e perguntou de banhistas e donos de barracas se havia tido algum afogamento no local, mas os mesmo relataram não saber de algo assim. A mãe chegou até a comparecer no Corpo de Bombeiros, mas recebeu a informação de que não haviam registros de afogamentos desde o dia 13 de dezembro.

Ao receber as fotos do conteúdo encontrado com os ossos na praia no dia 7 de deste mês, Maria afirmou ter certeza que as roupas eram de seu filho. “O Rayner sempre esteve lá. Quando soube que tinham achado uma ossada humana por meio de fotos de pessoas me mandando no celular, eu estava com uma amiga minha no trabalho, eu olhei para ela e falei: A procura acabou, é a roupa do meu filho, e ela disse que era para eu me acalmar, que podia ser apenas uma roupa parecida, mas eu sabia que não, que não era uma roupa parecida, era a roupa do meu filho”.

Telefonema 

Maria disse que teve esperança ao ligar para o filho e ouvir o telefone chamar, mas o aparelho acabou sendo atendido por outra pessoa.

“Eu coloquei crédito no celular dele, pois o chip estava bloqueado para ligação por falta de crédito, em seguida o telefone dele tocou. Eu pensei: ‘ele está bem, ele está em algum lugar, o telefone está chamando’, e aí a venezuelana atendeu e disse que ele havia morrido, que o dono do telefone estava morto, que ele havia se suicidado. Disse que o meu filho foi nadando até o meio do rio e afundou. Meu filho não tinha problema para se suicidar”.

Através de um retrato falado da venezuelana, a mulher foi encontrada e identificada como Rusbelys Yilferlyn Borrero Farias, de 23 anos de idade. Ao encontrarem a mulher, a polícia conseguiu identificar outras quatro pessoas que afirmaram terem visto o rapaz. Os relatos dos venezuelanos foram colhidos, mas até o momento a polícia não conseguiu descobri de fato, o que houve na noite do desaparecimento do menino.

A despedida 

Foram realizados exames de DNA nos ossos, para comprovar se os mesmo pertencem ao jovem Vinicius. O resultado sai em 30 dias.

Com muita tristeza, Maria Antônia afirma que se as pessoas tivessem se empenhado mais nas investigações poderiam ter dado o corpo do rapaz a ela. Além disso, Maria também lamenta por não poder realizar o velório do filho.

“Se as pessoas tivessem se empenhado mais, até poderiam ter me dado o corpo do meu filho, teriam me dado à matéria, não somente ossos para eu enterrar. Eu poderia ter feito um velório digno para o meu filho. Eu não vou poder olhar mais o rosto dele. Ele sempre esteve lá, e ninguém o encontrou”.

Entenda mais sobre o caso:

Policial | “Mãe reconheceu pertences do menino” – Ossos encontrados na Praia da Ponta Negra podem pertencer a Rayner Vinícius, desaparecido desde 2018.

Fonte: Acrítica.
Fotos: Reprodução.
Redação por Yasmim Araújo.

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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