Manaus | 27 de Novembro de 2019 (Quarta-feira)
A atriz Cacau Protásio e mais quatro bailarinos sofreram ofensas de cunho racista e homofóbica por parte de Bombeiros após a gravação de uma cena de dança no Quartel-Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio de Janeiro.
Na ocasião a cena se tratava de uma dança “sonhada por um dos personagens” para o filme Juntos e Enrolados, onde a atriz junto com o grupo de dançarinos usa a farda da corporação.
Em um vídeo feito para um grupo de WhatsApp, um sargento, que não teve a identidade revelada, estava assistindo os bastidores da gravação e fez comentários extremamente ofensivos contra os profissionais.
“Olha a vergonha no pátio do quartel central. Essa mulher do Vai que Cola, aquela gorda, colocou a farda e botou os dançarinos viados com roupa de bombeiro. Isso é um esculacho, rapaz. Qual é a desse comandante? Vai deixar uma p… dessas no pátio do quartel?”, disse o sargento enquanto filmava.
No mesmo grupo de mensagens, outro profissional responde a declaração do colega, também desferindo palavras de ódio e preconceito, ”Vergonhoso. Mete aquela gorda, preta, numa farda de bombeiro, uma bucha de canhão daquela, com um monte de bailarino viado, quebrando até o chão. Vão achar que é o que? Bombeiro? Aquilo é tudo viado. Lamentável”, declarou.
Resposta
A atriz assim que soube do ocorrido, se manifestou em seu perfil do Instagram, através de uma sequência de vídeos, Cacau alegou que ficou muito triste por ter vivenciado esse episódio “Racismo é crime se ele não sabe. Isso é muito triste. Não sei pra que tanto ódio”, disse.
Confira os vídeos:
https://www.instagram.com/p/B5X2qCjBg-J/
https://www.instagram.com/p/B5X23wLBAwo/
https://www.instagram.com/p/B5X3Ac5hWL6/
https://www.instagram.com/p/B5X3L3fBlsC/
Em nota, o Corpo de Bombeiros também se manifestou sobre o caso e alegou que repudia qualquer ato discriminatório e que será realizado a identificação dos envolvidos e em seguida apurar a conduta.
“O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informa que não compactua com qualquer ato discriminatório. A corporação se solidariza com a atriz Cacau Protásio e já abriu procedimento interno para identificar o(s) militar(es) e apurar a conduta.
Foto: Reprodução/ Redes sociais.
Fonte: CLAUDIA.