Manaus | 17 de Dezembro de 2019 (Terça-feira)
O Festival de Berlim anunciou, nesta segunda-feira (16), cerca de 50 títulos que participarão das mostras paralelas da próxima edição do evento, os primeiros a serem divulgados. Três representantes nacionais entraram na lista.
São eles os dramas “Cidade Pássaro”, de Matias Mariani, no Panorama, e “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza, na mostra Generation, que mapeia filmes sobre a juventude, além do ensaio visual “Apiyemiyekî?”, da artista Ana Vaz, no Forum Expanded, ou fórum expandido.
“Cidade Pássaro” acompanha um músico que viaja da Nigéria para São Paulo em busca do irmão mais velho. Já “Meu Nome é Bagdá” explora o universo das mulheres skatistas em São Paulo, que fora das pistas têm que lidar com o preconceito e com o machismo. O elenco inclui a cantora Karina Buhr.
Por fim, “Apiyemiyekî?”, da artista visual Ana Vaz, investiga a migração forçada do povo Waimiri-Atroari nos anos 1970 devido à construção de uma rodovia ligando Manaus à Boa Vista. Uma série de desenhos criados pelos indígenas guia o trabalho, que foi apresentado na exposição “Meta-Arquivo: 1964-1985”, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, entre agosto e novembro deste ano.
Na esteira dos anúncios, o festival ainda apresentou o título que abrirá a sua 70ª edição: “Pinocchio”, do italiano Matteo Garrone. O diretor de “Gomorra” (2008), adaptação do livro-reportagem sobre a máfia napolitana de Roberto Saviano, apresentará o filme fora de competição, numa seleção agora chamada de Berlinale Special Gala.
Ainda não foram anunciados os filmes que participarão da competição principal.
No ano passado, 12 produções brasileiras desembarcaram no festival, entre eles “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro, espécie de distopia evangélica, e “Marighella”, estreia do ator Wagner Moura na direção que até agora não estreou no país.
Foto: Reprodução.
Fonte: FOLHAPRESS.