Manaus, 18 de janeiro de 2020.
A arquiteta, Aroussiak Gabrielian, durante seu período gestacional ficou impressionada com a capacidade humana de produzir todos os nutrientes para a filha. Ela decidiu criar um vestido onde é possível plantar legumes e vegetais nas próprias roupas. Influenciada pelas leituras do doutorado sobre a linha de pensamento pós-humana, Gabrielian deu começo na parte conceitual da criação dos vestidos-hortas. As peças são irrigadas com urina.
Além das folhas, que em sua maioria são verdes,e o solo nutrido, a peça também é permeada por conceito e funcionalidades. O Vestido faz parte do projeto Posthuman Habitats. O trabalho conceitual faz parte do Human (Un)Limited, que promove reflexões sobre a interseção entre a humanidade e a tecnologia por meio da arte. As peças ficarão em exposição até 30 de fevereiro deste ano no museu Hyundai Motor, em Pequim.
“Lembrei das plantas decorativas que crescem em jardins verticais por todo o mundo. Por que não usar essa tecnologia para cultivar alimentos diretamente em nossos corpos e explorar os sistemas do corpo humano?”, explicou Aroussiak Gabrielian, em entrevista ao portal canadense CBC. Ela pensou em explorar sistemas do corpo humano, como o digestivo e o respiratório, para criar um novo processo de produção dos alimentos.
Na exibição, as peças foram colocadas sobre manequins de plástico, ao lado das roupas existem suportes com soro hospitalar e fica ao lado dos arbustos, com saquinhos de soro para irrigar os itens por meio de uma sonda.
Outros resíduos também passam pelos saquinhos, como suor e urinas, que são usados para umidificar as hortas. Insetos acabam virando fertilizantes. Os resíduos passam por osmose direta, um processo de filtração com tecnologia da Nasa.
Fonte: Metrópoles.
Fotos: Cortesia/Aroussiak Gabrielian.
Redação por Débora Almeida.