As mensagens de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato na ação no Supremo Tribunal Federal (STF), não serão usadas pela defesa do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-juiz federal Sergio Moro é acusado de ser parcial nas mensagens.
Para uma entrevista ao UOL, o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente, disse que já existe prova suficientes nos autos ao reconhecimento da suspeição do ex-juiz, Sergio Moro.
“O julgamento, iniciado em 2018, deveria ser retomado o mais breve possível, sem a necessidade de novas discussões”, disse avaliou o Cristiano Zanin Martins.
Na terça-feira (9), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal confirmou uma decisão provisória do ministro Ricardo Lewandowski, no qual liberou o acesso da defesa de Lula às mensagens. A Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro não reconhecem a veracidade das mensagens. (com informações da UOL)
Cristiano Zanin destacou que, as mensagens adquiridas por meio de um ataque de hacker e alvo da Operação Spoofing, estão sendo usadas pela defesa de Lula como prova em outros processos.
“E certamente elas irão reforçar a nulidade dos processos e a inocência do ex-presidente Lula em relação às acusações feitas pela extinta Lava Jato.”, destacou.
“Moro foi parcial”
O julgamento no STF foi motivado por um pedido de Lula feito em novembro de 2018, dias após Moro aceitar o convite para ser ministro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
defesa do petista alega que Moro foi parcial no julgamento de processos da Lava Jato, o que teria sido demonstrado com a entrada do ex-juiz na política. Moro nega que tenha havido quebra de imparcialidade. (Fonte: UOL)
As condenações podem ser anuladas
As condenações do ex-presidente nos processos do tríplex e do sítio podem ser anuladas, caso o STF concorde com a tese de parcialidade de Moro.
Sendo assim, Lula vai poder voltar a disputar eleições e ficaria livre do risco de voltar à prisão. O ex-presidente está solto apenas em razão de uma decisão do Supremo que barrou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. (Fonte: UOL)