São Paulo – Após menino de 11 anos ser encontrado dentro de barril, em Campinas (SP), uma criança de três anos é achada em situação semelhante, no bairro do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo.

A criança foi encontrada após uma denúncia de maus-tratos, os polícias que foram ao local, encontraram a criança presa dentro do barril.

De acordo com a Polícia Civil (PC), equipes da PM e do Conselho Tutelar chegaram ao menino de Itaim Paulista na sexta-feira (26) à tarde.

“No local, encontraram o garoto dentro de um barril encostado na parede. A posição do equipamento impedia a criança, que estava nua, de tentar escapar”, relatou a PC.

A PC relatou que quando a equipe chegou na residência para resgatar a criança, estava no  local, a mãe do menino, que tem 20 anos e uma tia de 44 anos. A equipe conduziu as duas mulheres até a delegacia da área, onde foram autuadas em flagrante. (Com informações do UOL).

Segundo o conselheiro tutelar Antônio Carlos Cazuza, que acompanhou o resgate da criança, chegaram na entidade, imagens mostrando os maus-tratos que o menino estava passando. 

“Recebemos um vídeo que mostrava o tratamento que a criança recebia. De posse dessas informações, acionamos a Polícia Militar imediatamente”, contou o conselheiro.

Antônio Carlos Cazuza acrescentou, que a mãe da criança alegou que o filho tem deficiência mental e que deixava ele preso para não sair fazendo necessidades em qualquer lugar. 

“Até dá para desconfiar que ele tenha algum distúrbio. O menino não chora ou se mexe. Fica só paradinho o tempo todo”, acrescentou o conselheiro.

“sem alimentação e sem água” 

A Polícia Civil informou em nota, que o flagrante ocorreu por volta das 14h30, o garoto foi encontrado despido, sem alimentação e sem água. 

A criança foi levada a um pronto-socorro da região, onde recebeu atendimento e foi constatado que estava subnutrida, acrescentou a PC.

Após o caso ser registrado no 50º Distrito Policial, foi solicitada perícia no local e exame cautelar na criança, que ficou sob responsabilidade do Conselho Tutelar.

“O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado e tortura. A autoridade policial representou pela prisão preventiva da dupla, que segue à disposição da Justiça”, concluiu o comunicado.

Por Alessandra Aline Martins

Foto: Divulgação