Em meio ao cenário de mortes diárias pelo novo coronavírus (Covid-19), o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), faz mudanças na chefia do Ministério da Saúde pela quarta vez, desde o início do mandato.
Entre os nomes que já passaram pela cadeira do Ministério estão Luiz Henrique Mandetta (DEM), o médico oncologista e empresário Nelson Teich, o general Eduardo Pazuello e atualmente, o nome da vez, é do presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga.
Mandetta e Nelson Teich caíram por discordarem das posições negacionistas de Jair Bolsonaro. No entanto, Pazuello foi trocado não por vontade do presidente, mas por pressão de parlamentares do centrão. (com informações do UOL)
Novo titular
Durante reunião com Pazuello, na manhã desta terça-feira (16), no Ministério da Saúde, o novo titular da pasta, defendeu a atuação de Bolsonaro no combate à pandemia e afirmou que o presidente está preocupado.
Ao ser questionado sobre a vacinação no Brasil, Marcelo Queiroga destacou que as políticas estão sendo colocadas em prática.
“O ministro Pazuello já anunciou todo cronograma da vacinação em entrevista coletiva ontem. A política é do governo Bolsonaro, não é do ministro da saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo”, destacou Marcelo Queiroga.
O novo ministro acrescentou ainda, que o governo tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil.
“Fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho. E conseguiremos vencer essa crise na saúde pública brasileira, que é um problema mundial”, disse.
“dando prosseguimento”
Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa e formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba. Ele foi indicado pelo presidente para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2020, mas seu nome ainda não foi sancionado pelo Senado.
Bolsonaro disse que já conhecia o médico há alguns anos. “Não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. E tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje”, disse.
Convite recusado
Marcelo Queiroga era a segunda opção de Bolsonaro. A primeira opção era a médica cardiologista Ludhmila Hajjar. Ela foi a primeira a se reunir e ser convidada pelo presidente, porém recusou o convite por ter “divergências técnicas” com o governo.
Entretanto, assim como o colega de profissão, Queiroga, reforça a importância das medidas de isolamento social e é contra o “tratamento precoce” contra a covid-19, defendido muitas vezes pelo presidente. (com informações do UOL)
“recorde no número de mortes”
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), a média móvel de sete dias divulgada pela instituição, mostra que o país registrou nesta segunda-feira (15), O 20° dia seguido de recorde no número de mortes pelo novo coronavírus.
Por Alessandra Aline Martins
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