Dificuldade financeira por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), adia a entrada de estudantes brasileiros no ensino superior.
De acordo com uma pesquisa inédita realizada pela startup de educação Amigo Edu, menos de um terço dos estudantes brasileiros pretende se matricular no ensino superior ainda no primeiro semestre de 2021. O restante dos alunos deixou a entrada na universidade para o segundo semestre ou para a partir de 2022. Questões financeiras e a pandemia são apontadas como os principais fatores para isso. (com informações da CNN)
A pesquisa foi realizada entre 23 e 24 de março, com 1.341 estudantes de todas as regiões do Brasil.
O levantamento mostra que 27,3% dos estudantes devem se matricular em uma faculdade até junho deste ano. Outros 32,4% pretendem ingressar no segundo semestre. Já 27,5% deixaram as matrículas apenas para o primeiro semestre de 2022.
“os motivos”
Dos entrevistados, 41,5% alegam questões financeiras, está entre os motivos para não entrar no ensino superior. Outros 23,5%, falam que a pandemia tem sido um impeditivo. Além disso, 17,2% afirmam ter problemas de tempo e 17,3% alegaram outros motivos.
O CEO da startup, Beto Dantas, disse à CNN que a situação veio por conta da segunda onda da pandemia. “Sentimos que esse foi um vetor de diminuição na entrada de alunos no 1º semestre de 2021. Quando a nota do Enem sai no momento de maior restrição no país, aqueles que estavam dispostos ao ensino presencial, postergam a entrada na faculdade”, afirma Dantas, que também tem experiência à frente de instituições de ensino.
Ensino presencial
Dos estudantes que estão matriculados em cursos do ensino superior, 83 % não estão satisfeitos com as aulas remotas. Esse ponto foi mapeado pela pesquisa sobre satisfação dos estudantes matriculados.
Conforme a pesquisa, mais da metade dos estudantes (54,9%) ainda afirma que a pandemia impactou muito na qualidade de aprendizado do curso.
Principais problemas
Os principais problemas relatados pelos estudantes são dificuldade de aprendizado online, dificuldade de se concentrar à distância e problemas financeiros, pelo fato de perder o emprego durante a pandemia.
Beto Dantas destacou para o Jornal, que diante destes obstáculos, universidades e alunos precisam caminhar juntos para encontrar soluções quanto à aprendizagem.
“As universidades melhoraram a entrega do conteúdo. Muitas já estão entregando conteúdo de qualidade e estão preparadas para dar continuidade a essa entrega. Mas, essa transformação do presencial também é um desafio para que os alunos sejam mais disciplinados, mais ativos ao conhecimento e mais autodidatas”, avalia Dantas para a CNN.
Por Redação Portal Pontual
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