Zahra Fayazi, técnica e ex-jogadora da seleção de vôlei do Afeganistão, relevou que o Talibã matou uma das atletas que tentava fugir do país. Em entrevista à ‘BBC’, Zahara ainda afirmou que cerca de 30 atletas estão buscando refúgio fora do Afeganistão.
“O Talibã disse às famílias das nossas jogadoras para que não as deixem praticar esportes ou sofrerão com a violência. Elas tiveram de queimar seus equipamentos esportivos para se salvarem. Eles [o Talibã] não querem que elas tenham qualquer coisa relacionada ao esporte”, declarou a treinadora. Líderes do grupo terrorista já declaram o desejo de proibir que mulheres pratiquem qualquer tipo de esporte no país.
Além de Zahara, outra jogadora concedeu entrevista à ‘BBC’, em que afirmou que fugiu do país ao ser esfaqueada por dois homens em Cabul, capital do Afeganistão dominada pelo Talibã. A atleta, que preferiu usar o pseudônimo de Sophia para se proteger e proteger à família, disse que uma companheira de time acabou sendo morta durante a fuga.
“Ela era apenas uma jogadora e não fez nada a ninguém para ser atacada. Nós todas estamos chocadas com o que aconteceu. Não conseguimos acreditar. Talvez a gente perca outras amigas”, disse. Sophia e Zahara hoje estão em Londres, e tentam contato com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para buscar as demais atletas.
O COI declarou que não comenta casos individuais, mas que está ajudando atletas afegãs. A Federação Internacional de Vôlei também evitou dar mais detalhes sobre a atuação no caso.
Fonte: FOLHAPRESS
Redação por Bernardo Andrade